As Crises, as Bolsas, as Matérias e os Comentários

As Crises, as Bolsas, as Matérias e os Comentários

Caras/os Leitoras/es,

Em função dos acontecimentos dos últimos dias, não poderia deixar de postar algumas dicas sobre o mercado de renda variável e as crises atual, passadas e futuras.

Aplicar em renda variável (ações, fundo de ações, derivativos, opções, etc.), como o próprio nome diz, é optar por ganhos/perdas VARIÁVEIS, caso você optar por ganho “certo” aplique em renda fixa pré-fixada, ou seja, antecipadamente, saberá quanto irá receber ao final do período.

Tenho duas preocupações com algumas matérias e comentários que leio e ouço frequentemente, por sinal, aumentam muito em época de crise:

- Matérias de jornais e na própria internet, geralmente, colocam nas manchetesEmpresa X e Y perderam bilhões na bolsa ontem” ou “ Fulano de Tal perdeu tantos milhões de seu patrimônio” !!!

Para esclarecer, as baixas ou altas das ações nas bolsas não provocam perdas ou ganhos, se a pessoa não vender suas ações. NO MERCADO ESTE MOVIMENTO É MAIS CONHECIDO COMO NÃO REALIZAR PREJUÍZO ou LUCRO.

Por exemplo, PETROBRÁS e VALE continuam operando e são extremamente lucrativas, apesar de suas ações estarem em baixa, inclusive, nos últimos dias oscilaram bastante (baixas/altas), como a maioria das ações de outras empresas negociadas em bolsa.

O que gera um pouco de confusão para as pessoas é quando o mercado se refere ao valor global das empresas, apurado por meio da soma de todas as ações negociadas em bolsa em determinado dia, tecnicamente denominado CAPITALIZAÇÃO BURSÁTIL.

Por exemplo, no dia 01/07/2011 todas as empresas brasileiras valiam R$ 2,45 trilhões, já no dia 29/07/2011, elas valiam R$ 2,31 trilhões. O conjunto de empresas perdeu 140 bilhões de valor e isso não significa, de forma isolada, que tais empresas estão com problemas ou tiveram prejuízo, o mercado de renda variável é extremamente sensível a vários fatores (internos e externos). Vejam, em 31/12/2010, o valor de todas as empresas era R$ 2,56 trilhões e com certeza, no dia 08/08/2011 (após a queda de 8%), tal valor estava abaixo de R$ 2,0 trilhões.

Analisado de forma isolada, isso não significa nada!!!  

Mais informações sobre este assunto disponível no site da BM&FBOVESTA (https://www.bmfbovespa.com.br/shared/IframeHotSiteBarraCanal.aspx?altura=900&idioma=pt-br&url=www.bmfbovespa.com.br/informe/default.asp).

2º) Um conselho recorrente que ouço à título de estratégia para aplicar em bolsa é: entre na baixa e saia na alta!!!

É fácil saber que é a baixa final ou que não haverá mais baixas nos dias seguintes, ou ainda, que o mercado não ficará estagnado por longo período? E a alta do mercado? Quando saber que é o pico ou que não haverá mais altas futuras?

SE ALGUÉM TIVER TAL INFORMAÇÃO FICA MILIONÁRIO, seria o mesmo que conseguir, previamente, os seis números da mega-sena, portanto:

  • Se você não suporta risco, então não aplique em renda variável;
  • Caso esteja disposto a iniciar investimentos nesta área, procure previamente informações, um bom começo é o Guia Online do Mercado de Ações, da BM&FBOVESPA disponível em (https://www.enfin.com.br/bovac/main.asp)
  • Inicie aplicando, GRADUALMENTE, em renda variável (ações, fundo de ações, derivativos, opções, etc.), com um pequeno valor e não comprometa toda sua reserva neste mercado, de cada R$ 100,00 reais investidos por você, coloque no máximo R$ 30,00 em renda variável (30% das suas reservas);
  • Não invista recursos que irão fazer falta para compromissos essenciais e de emergência, pois quando você precisar pode ser que o mercado não esteja favorável à venda.
  • Pense no longo prazo, aplique em ações/renda variável visando garantir rendimentos maiores no futuro.

Tenha uma certeza, não há bola de cristal, portanto, em épocas de crise a melhor estratégia é evitar tomar medidas precipitadas, principalmente, neste mercado de renda variável (ações, fundo de ações, derivativos, opções, etc.).

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