Educação Financeira e Fiscal na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em 2020 – uma esperança!

Educação Financeira e Fiscal na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em 2020 – uma esperança!

Caras/os Leitoras/es,

A partir de janeiro de 2020 o conjunto de escolas do Brasil precisam estar totalmente adaptados aos preceitos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sendo um importante preceito a solução de problemas e estudo de situações envolvendo a Educação Financeira e Fiscal. Assuntos como juros, investimentos, inflação, taxas, contribuições, impostos, empréstimos e financiamentos, dentre outros, farão parte do universo das(os) pequenas(os) e adolescentes, favorecendo o entendimento de temas de econômica, problemas de consumo, renda, trabalho e recursos financeiros em geral.

De acordo com Lélia Longen Fontana, coordenadora editorial de Matemática da Conquista Solução Educacional (em entrevista ao site da revista exame - https://exame.abril.com.br/negocios/dino/escolas-tem-ate-o-fim-do-ano-para-implementar-educacao-financeira/): “a orientação não é nova, uma vez que os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) já refletiam sobre a colaboração que a Matemática tinha a oferecer com foco na formação da cidadania, de modo que os alunos fossem capazes de posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais. Nos últimos anos, o ensino de Matemática tem valorizado a resolução de problemas. A diferença agora é que a Base deixa claro que devemos envolver contextos relacionados à Educação Financeira em todas as escolas, públicas e privadas”.

O Banco Central (BC) participou do processo de elaboração do documento final da BNCC, salientando que: “a Educação Financeira passa a ser obrigatória e deverá ser abordada principalmente em Matemática e Ciências da Natureza para crianças do ensino fundamental, que começa a valer a partir do próximo ano letivo, por meio de audiências públicas, ela é o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram sua compreensão dos conceitos e produtos financeiros. A gestão das finanças precisa levar em conta as oportunidades e os riscos para que se façam escolhas embasadas.”

Podemos ter uma verdadeira revolução na “saúde financeira” das pessoas no longo prazo, conforme ressalta o consultor de investimentos da Inva, Raphael Cordeiro: “passar conceitos financeiros para crianças e adolescentes leva a decisões mais acertadas no futuro, são algumas coisas simples do mundo financeiro que as pessoas precisam aprender. O mais básico seria o fluxo de caixa, diferenciar o que é entrada, o que é saída, diferenciar a entrada de um resgate de investimento, por exemplo, com a receita de um salário. Além de aprender o quão nocivo é pegar empréstimos caros e quanto sai, de fato, um empréstimo. Aprendendo o conceito de caixa e juros compostos, as pessoas já podem ter uma vida financeira um pouco melhor que a nossa realidade”.

Notem que o Brasil pode, em um futuro não muito distante, estar concebendo cidadãs(os) com melhor formação financeira, fiscal e previdenciária, além de possibilitar a maximização desse alcance, pelo fato de que muitas crianças e adolescentes influenciam o comportamento do pais e, até mesmo, podem contribuir diretamente para uma melhora nas finanças das famílias.

Na próxima semana, apresento novo assunto.

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