Geração de Empregos, como anda? Há perspectiva de melhora?

Geração de Empregos, como anda? Há perspectiva de melhora?

Caras(os) Leitoras(es),

Na série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado pelo Ministério do Trabalho, tradicionalmente, o mês de setembro tem leve queda em relação aos meses de agosto, que teve crescimento em 7 dos 8 setores econômicos. Registraram expansão no nível de emprego nos setores de Serviços (66.256 postos), Comércio (17.859 postos), Indústria de Transformação (15.764 postos), Construção Civil (11.800 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (1.240 postos), Extrativa Mineral (467 postos) e Administração Pública (394 postos). Verificou-se queda no nível de emprego apenas no setor da Agropecuária (-3.349 postos). Para o mês de setembro há expectativa que o setor de serviços continue a liderar a geração de empregos e a agropecuária tenha ainda retração, em função da sazonalidade de algumas culturas, com geração total próximo de 100 mil vagas de empregos formais.

Notem que no gráfico abaixo há a série histórica da criação de empregos nos meses de agosto, mostra recuperação dos patamares de 2012 e uma significativa melhora em relação aos anos da crise 2015 e 2016.

 

Os tipos de empregos formais estão mudando pois após a edição das nova Lei Trabalhista, havia uma expectativa que a mão de obra contratada se ajustasse à realidade dos segmentos. Na prestação de serviços são muitos estabelecimentos que tem pico aos finais de semana, motivo pelo qual preferem a jornada intermitente. Outros segmentos optam pela jornada parcial pois entendem que haveria um rendimento maior se contratarem duas pessoas para executar o trabalho. Ainda estamos passando por período de adaptação da nova Legislação, porém a tendência e que as modalidades instituídas sejam mais utilizadas que as anteriores. Por exemplo, a jornada de 12 por 36 muito utilizada em condomínios e segurança, já tem anos de utilização e se houver uma pesquisa junto aos trabalhadores, verificará que ela é bastante benéfica, pois o funcionário trabalha 12 horas em um dia e folga no outro, reduzindo o tempo de deslocamento e possibilitando conduzir afazeres domésticos ou pessoais com maior tranquilidade, dentre outras situações.

A região Sudeste, no acumulado do ano (568.551) teve saldo positivo de 311.580, ou seja, mais de 20% acima de todas as demais regiões somadas que tiveram geração conjunta de 256.971 vagas de trabalhos. A tendência é continuar sendo a região com maior geração de empregos, porém relativamente menor do que a soma das demais, que também começam a reverter os sinais da crise.

A situação do trabalhador desempregado é extremamente delicada, pois ataca diretamente a dignidade humana, infelizmente o ritmo de contratações está muito lento e a agonia das pessoas está no presente, motivo pelo qual temos que torcer e trabalhar para pacificar o País após as eleições e toda a sociedade ir ao encontro de soluções para a grave crise de desemprego, somente com a reversão de expectativas pessimistas, ajuste nas contas do governo e atitude positiva dos agentes econômicos é que vamos conseguir dar mais celeridade à recuperação dos empregos e devolução da dignidade a milhões de famílias.

Estamos no final de um governo impopular, politicamente fraco e com graves denúncias no campo ético, infelizmente nesses dois meses finais do ano não há muitas medidas a serem adotadas, até porque dificilmente conseguirá aprovar quaisquer medidas propostas. Infelizmente, temos que aguardar o resultado das urnas nesse 2º turno das eleições e, após a divulgação da equipe de governo e medidas a serem adotadas. Basicamente, as medidas para acelerar a contratação de mão-de-obra passa pela retomada de investimentos, porém o Governo já aprovou o Projeto da LOA (Lei Orçamentária Anual) com déficit de R$ 139 bilhões de reais, R$ 20 bilhões menor que 2018, porém mesmo assim estamos gastando mais do que arrecadamos, motivo pelo qual o próximo Presidente terá que contar com os recursos da iniciativa privada se quiser aumentar o nível de investimento do País.

Na próxima semana, apresento novo assunto.

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