O momento atual é bom para investir em ações?
Valdir Domeneghetti
21 Jul 2018 22:52
Caras(os) Leitoras(es),
Quaisquer investimentos, tanto em aplicações do mercado de renda variável, quanto em investimentos de uma maneira geral, sejam efetuados por pessoas físicas que poupam suas reservas (visando aposentadoria, lazer, aquisição de bens de consumo/imóveis, etc.) ou por empresas que almejam aumento de suas instalações, busca de outros mercados, lançamento de novos produtos, etc. dependem das condições econômicas do País, se a interferência da política/governo é salutar ou destruidora de valor, e também, do perfil pessoal dos investidores (conservador, moderado ou arrojado).
Sem rodeios, atualmente é um bom momento para aplicar em Bolsa/Ações?
Se alguém responder esta pergunta com muita rapidez e segurança, seja cravando um sim ou não “com toda certeza”, talvez esta pessoa esteja utilizando o instrumento de precisão de destaque do post: “A BOLA DE CRISTAL”.
É preciso “dramatizar” um pouco para melhor compreensão. Se alguém soubesse o melhor momento, antecipadamente, ficaria rico!!!
Algumas vezes ocorre o vazamento de informações privilegiadas, mais conhecidas por “inside information”, quando uma pessoa ou um grupo (há casos inclusive dos próprios funcionários/executivos) conseguem dicas sobre alguma empresa (lucro maior, aquisição de outra empresa, expansão nas vendas acima do previsto etc.), com exclusividade, e com isso auferem lucros altos rapidamente.
PORÉM - MUITO CUIDADO – ISSO É CRIME!!!
Tal prática constitui-se crime contra o mercado de ações, sujeito a detenção e multa que usualmente é maior que os ganhos obtidos na transação, ou seja, as altas multas visam desestimular referida prática no mercado.
Pelo exposto então, é difícil identificar o melhor momento para investir em bolsa de valores/ações?
Algumas publicações e analistas “profetizam o conselho de 1 milhão”: ENTRE NA BAIXA E SAIA NA ALTA. Legal!!! Mas como saber quando está na alta ou baixa.
Antes da crise econômico-financeira dos Estados Unidos do ano de 2008 (sub-prime – cujo epicentro foi o mercado imobiliário daquele País), ninguém previu a data da crise e tão pouco o grau e as conseqüências da mesma, inclusive, que se propagaria para outros continentes. Outro exemplo foi o 11 de setembro de 2001 (atentados terroristas), os quais causaram consequências graves para o mercado mundial e foi imprevisível.
Uma dica é aplicar após forte baixa do mercado acionário, momento que seria recomendável comprar ações.
Mas vamos falar sério: É PRECISO MUITO SANGUE FRIO E NERVOS DE AÇO PARA TOMAR TAL ATITUDE, em um período de tantas incertezas, você vai lá e aplica seu dinheiro ganhado com muito suor, sem nenhuma certeza sobre se haverá rendimento e também, com o risco de perder o próprio capital.
O ideal é aplicar um percentual de sua reserva, por exemplo 10, 20, 30 por cento ou mais, variando de acordo com o perfil do aplicador (Conservador<>Moderado<>Agressivo) e constituir uma carteira de longo prazo.
O restante da reserva deve ser aplicado em modalidades mais conservadoras (tesouro direto, poupança, fundos de investimento, etc.), para ser utilizado em eventuais períodos de baixa da bolsa de valores. Deixe o dinheiro investido em renda variável para momentos mais adequados (cuja rentabilidade do período aplicado for maior que as outras modalidades de investimentos). Considere, inclusive, que os dividendos são pagos independente da cotação das ações, eles estão vinculados aos lucros das empresas.
Caso tome a decisão de investir em renda variável, o melhor é aplicar pouco no início, até sentir-se confortável, buscando sempre o maior número de informações dessa modalidade de investimento. Não que isso lhe garantirá 100% de acerto, porém tem-se mais probabilidade de sucesso.
Finalmente, as dicas de ouro para os investimentos em renda variável são: DIVERSIFIQUE INVESTIMENTOS – NÃO COLOQUE TODOS OS OVOS EM UMA ÚNICA CESTA, ela pode cair e quebrar!!! PENSE E APLIQUE NO LONGO PRAZO!!!
Na próxima semana, apresento novo assunto.
