O que a “Blindagem” dos Fundos de Previdência Complementar, caso regulamentada, pode inibir?

O que a “Blindagem” dos Fundos de Previdência Complementar, caso regulamentada, pode inibir?

Caras/os Leitoras/es,

No post da semana passada, foi apresentado o conceito de “blindagem” de fundos de previdência complementar, ou seja, transferir a propriedade das cotas dos fundos administrados por seguradoras, bancos e corretoras para os participantes, que em função da longevidade dessa modalidade de investimento poderia minimizar os riscos, quando da constituição das reservas garantidoras. Estima-se que entre a acumulação das reservas e o pagamento da complementação os participantes, em média, ficam ligados às empresas de previdência complementar por mais de 50 anos (em torno de 20 anos de pagamento e 30 anos de aposentadoria), portanto deve haver mecanismos para garantir que esse “casamentotenha o mínimo de risco possível

Para melhor esclarecer o assunto, relaciono algumas perguntas e respostas da coluna UOL Economia -  Finanças Pessoais, disponível em seu Guia Básico de previdência (https://economia.uol.com.br/financas/previdencia/previdencia-privada.jhtm), possibilitando identificar os pontos vulneráveis da contratação, manutenção e acompanhamento dos planos de previdência complementar

Quais as desvantagens de fazer um plano de previdência privada?

  • “A maior desvantagem sãos os custos dos planos. As taxas cobradas pelos gestores dos fundos ainda são muito altas, bem maiores do que os fundos de investimento. Esse é um ponto em que o investidor deve ficar bem atento, pois dependendo da taxa cobrada, as vantagens fiscais se perdem.”

Quais são os principais riscos ao se fazer um plano de previdência privada?

  • “Os maiores riscos são: a empresa administradora do plano quebrar,  a meta atuarial (cálculo de probabilidades e estatísticas dos rendimentos futuros)do plano não ser cumprida,  a inflação corroer a sua aplicação.”

Como evitar os riscos de uma previdência privada?

  • “Quem investe sempre corre algum risco. Mas, com investimentos de longo prazo, o cuidado deve ser ainda maior. Procure escolher planos geridos por empresas de tradição, com bom histórico no mercado. Acompanhe a rentabilidade do fundo (alguns jornais disponilibizam esses dados) e verifique se o rendimento do plano está superando a inflação.”

Se eu desconfiar de algo ou não estiver contente com os rendimentos, posso abandonar meu plano de previdência privada?

  • “Se você desconfiar da instituição, deve procurar a Susep (Superintendência de Seguros Privados), site www.susep.gov.br, que é a responsável pela fiscalização dos planos de previdência privada. Se não estiver contente com a administração, poderá mudar de plano a qualquer tempo. É o que garante a portabilidade.”

Os investimentos, principalmente os de longo prazo, merecem cuidados especiais e acompanhamento sistemático (sem neurose), pois em que pese a regulação dessa modalidade de investimento, “o olho do dono” ainda é estratégia mais eficiente de controle

Na próxima semana, apresento os cálculos para reduzir o imposto de renda do próximo ano.

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