Opere a “Calculadora do Cidadão do BACEN” – Calcule o Cartão de Crédito: financiamento da fatura

Opere a “Calculadora do Cidadão do BACEN” – Calcule o Cartão de Crédito: financiamento da fatura

Caras(os) Leitoras(es),

Em continuidade ao assunto do blog da semana passada e finalizando a série, apresento a última funcionalidade da “Calculadora do Cidadão do Banco Central do Brasil - BACEN”, (https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/jsp/index.jsp), que é o cálculo do Cartão de Crédito: financiamento da fatura.

Segundo o BACEN, oCartão de Crédito: financiamento da fatura  funcionalidade está disponível em­­­

(https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormCartaoCredito.do)

Quanto custa e quanto tempo leva para quitar o cartão de crédito, se você pagar parte da fatura? Compare o custo com outros tipos de crédito.

Dados a inserir:

- Valor da fatura     

- CET (juros + encargos)  % ao ano  % ao mês 

- Quanto posso pagar por mês     

Segundo O BACEN, “este é um exercício de educação financeira, os resultados são aproximações, não refletem uma situação real. Verifique as premissas e as condições do cálculo na Ajuda.”

Há no site do BACEN um tutorial para auxiliar o preenchimento dos campos:

Como preencher os campos

O total da fatura está normalmente na parte de cima da fatura, no campo "Pagamento Total", "Total desta Fatura" ou expressão parecida.

O CET (Custo Efetivo Total) é o preço total do financiamento (juros + encargos) e pode ser encontrado na fatura. Ao não pagar toda a fatura, você entra no financiamento chamado "crédito rotativo". Normalmente, o CET dessa dívida aparece como CET Crédito Rotativo, CET do financiamento da fatura, ou só CET no campo "Encargos Financeiros", "Financiamento da Fatura" ou expressão parecida. Caso não o encontre ou tenha dúvida, pergunte a seu banco, cooperativa ou financeira.

A calculadora considera que:

-não serão feitas novas compras no cartão;

-as parcelas futuras das compras parceladas e as compras agendadas (por exemplo, assinatura de jornais) não entram no cálculo;

-na data do primeiro vencimento, você não tem todo o dinheiro para pagar o total da fatura. Vai pagar à vista um valor (valor informado no campo "quanto posso pagar por mês"), que deve ser maior ou igual a 15% do total da fatura (pagamento mínimo). O restante (valor da fatura menos o primeiro pagamento) será financiado por uma destas quatro modalidades:

- crédito rotativo do cartão de crédito;

- crédito consignado;

- crédito pessoal; e

- cheque especial.

Entenda o cálculo:

-o saldo financiado será pago em parcelas mensais e iguais ao valor do primeiro pagamento, em todas as modalidades. Serão pagas sempre nas datas de vencimento, assim, não haverá multa por atraso;

-os cálculos do financiamento do saldo por crédito consignado, crédito pessoal e cheque especial são baseados nas médias das taxas informadas pelas instituições financeiras;

-essas taxas médias são os juros, acrescidos dos encargos fiscais e operacionais relacionados às respectivas operações de crédito. São divulgadas mensalmente no sistema SGS - Sistema Gerenciador de Séries Temporais -, no site do Banco Central (www.bcb.gov.br/?sgs);

-ao longo do período da dívida são usadas as mesmas taxas médias e o mesmo CET para os cálculos em cada modalidade de crédito. Na prática, mudam de mês para mês;

-o resultado é a quantidade de parcelas mensais necessárias para quitar a dívida, incluindo o primeiro pagamento à vista;

-o resultado referente ao custo total é a soma da primeira parcela, saldo financiado e juros, ou seja, o valor da fatura mais os juros;

-o cálculo para crédito pessoal e crédito consignado considera um financiamento de parcelas fixas, similar ao método da tabela Price (ou sistema francês), no qual o saldo devedor é reduzido aos poucos, com pagamento de juros e encargos decrescentes. Os juros e encargos estão embutidos nas parcelas;

-o cálculo com crédito rotativo e cheque especial é processado da seguinte forma: depois de um novo pagamento, o saldo devedor é acrescido de juros e encargos, o que leva a um novo valor de dívida. No mês seguinte, um novo pagamento é descontado do valor da dívida e temos um novo saldo, que será novamente acrescido de juros e encargos. E assim por diante até quitar toda a dívida.

Na próxima semana, apresento outro assunto.

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