Os reflexos financeiros da greve dos caminhoneiros no bolso dos consumidores !!!

Os reflexos financeiros da greve dos caminhoneiros no bolso dos consumidores !!!

Caras/os Leitoras/es,

Os reflexos que os consumidores estarão sujeitos nos próximos meses, em função da greve dos caminhoneiros, neste momento, ainda são imensuráveis, sem entrar obviamente no mérito dos fatores que deflagraram referida greve, se justos ou injustos, o fato é que a proporção que tomou o movimento deixará profundas sequelas.

Dentre os principais reflexos podemos citar, diretamente, o remanejamento de impostos de algumas áreas para subsidiar o “desconto” no óleo diesel, pois todos os serviços executados (saúde, educação, segurança, previdência, etc.) pelos entes governamentais (municipais, estaduais e nacional) depende de arrecadação, ou seja, se houver quaisquer despesas adicionais o gestor público tem que aumentar impostos ou remanejar de outras áreas.

Outro reflexo que será sentido, é quanto a majoração nos preços dos alimentos e outros produtos de consumo, tendo em vista o aumento dos custos e perdas ocorridas na indústria, comércio, serviços e agricultura. Infelizmente, em que pese podermos até concordar com as reivindicações de algumas categorias, há várias formas de se atingir os objetivos e no caso específico, mesmo depois de obtê-los, manter a paralisação, com outras pautas difusas das iniciais, com certeza faltou bom senso e cidadania.

A questão da matriz de transportes no Brasil foi na contramão de outros países de grande extensão territorial semelhantes ao nosso, conforme demonstra o gráfico abaixo, podemos verificar que nosso País é o que transporta mais cargas pelo modal rodoviário, em detrimento de meios mais eficientes e com custo menor (fluvial e ferroviário). Mesmo no transporte ferroviário, criou-se várias “bitolas” na malha (distância entre as rodas do trem), dificultando a interligação entre diferentes ferrovias, sendo no mínimo estranho tal situação, podendo até ser considerada proposital para inviabilizar este tipo de transporte.

Um dos entraves para que o Brasil não avance na questão do transporte fluvial e ferroviário, foi o baixo investimento ocorrido nos últimos governos e a falta de foco em melhorar a logística dos transportes de cargas e passageiros, nem com os eventos de grande porte executados (Copa do Mundo e Olimpíadas) houve melhoria significativa, havendo várias obras paradas. Notem, conforme estatística a seguir, temos baixa densidade de malha ferroviária por 1.000 km2 (medida comparativa), dificultando a integração dos vários meios de transporte.

O Brasil é ainda como um paciente que está na UTI, se recupera lentamente, uma greve dessas proporções pode atrasar ainda mais o restabelecimento do País e aumentar o sofrimento do povo em geral e, principalmente, do enorme contingente de desempregados, estes sem nenhum poder de articulação e sem possibilidade de pressionar os governos para atender sua principal reivindicação, “um emprego”.

Na próxima semana, apresento novo assunto.

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