Por que o aumento da expectativa de vida reduz a aposentadoria futura ano a ano?

Valdir Domeneghetti

15 Dez 2013 15:15

Caras/os Leitoras/es,

Todo cálculo de aposentadoria futura leva em consideração vários fatores, por exemplo: taxa de juros futura, expectativa de inflação, expectativa de vida da população, dentre outros.

A cada ano o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (https://www010.dataprev.gov.br/cws/contexto/conrmi/tabES.htm) divulga uma tabela com a expectativa de vida média das(os) brasileiras(os), ou seja, de mulheres e homens e há UMA EXCELENTE NOTÍCIA NOS ÚLTIMOS ANOS: “NÓS ESTAMOS VIVENDO MAIS E MELHOR” !!!

Para se ter uma idéia do impacto e da velocidade que está ocorrendo, em 2003 a expectativa média do brasileiro (mulheres e homens) era 71 anos ao nascer e passou para 74,6 anos em 2012. Em uma década cresceu 3,6 anos.

Mas o que há de errado nisso, não é uma maravilha a conquista do “elixir” da vida tão almejado por todos?

Sim!!!

Porém há uma contrapartida nessa história, em função dessa maior e crescente expectativa de vida da população brasileira, quem ainda não se aposentou pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), verá sua aposentadoria futura ser reduzida gradualmente, pois dilui-se o valor a ser recebido por mais anos no futuro.

Veja um exemplo bastante simples e didático:

Devemos lembrar que o INSS não possui reservas para pagamento das aposentadorias, ele leva em consideração a expectativa de vida e a tabela do fator previdenciário, disponível no link (https://www.previdencia.gov.br/informaes-2/fator-previdencirio-2/), ou seja, a medida que aumenta a expectativa de vida, reduz o valor mensal futuro a receber.

Diferentemente, na aposentadoria complementar (previdência privada) há um montante arrecadado e individualizado por participante (modalidade contribuição definida), sobre o qual rende juros e quando aumenta a expectativa de vida se os rendimentos dos investimentos das reservas conseguir equilibrar esse aumento, não há redução do valor futuro mensal.

Portanto, o ideal é ter a aposentadoria pelo INSS e uma complementar. Aproveite este final de ano para poupar seu 13º e iniciar os depósitos, que além de serem benéficos para seu futuro, há incentivo fiscal para quem declara no formulário completo do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), inclusive editei um post sobre este assunto (https://revide.com.br/blog/valdir-domeneghetti/post/saiba-como-pagar-menos-ou-restituir-mais-imposto-d/).

No próximo post, apresento novo assunto.