QUIMERAS

QUIMERAS

QUIMERAS

(Wlaumir Souza)

Na infância

Ensinaram que o passamento

Transformávamo-nos em estrelas

 

Na adolescência

Me garantiram a vida eterna

Entre reencarnação e ressurreição

 

Na meia idade

Vejo as estrelas do céu se apagarem

A cada óbito

O dia nublado

Sinto o mundo de lá

Mais atraente em quimeras

 

Na velhice

Espero contemplar a verdade

Do silêncio infinito

Do átimo cósmico

E sentir simplesmente o fim

De quem mergulha e funde ao universo

Sem princípio e nem fim

Deus encantando o encantado

De fecundar o tempo e o espaço

Com um pó de mim

 

 

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