Greve irá forçar uma intervenção militar? Comprova, Revide!
Comprova, Revide entrou em contato com comando do Exército Brasileiro para tirar a dúvida

Greve irá forçar uma intervenção militar? Comprova, Revide!

Boatos e fake news sobre movimentações do exército invadiram as redes sociais

Durante os dez dias de greve dos caminhoneiros, até o momento, a quantidade de boatos e fake news disparou nas redes sociais. Uma das principais seria uma possível “intervenção militar” no País – já descartada pelo alto escalão do Exército Brasileiro.

Além de imagens convocando os brasileiros às ruas pedindo pela intervenção, e “assinada” pelo General  Eduardo Villas Boas, há também um áudio de um homem se passando pelo general, fazendo o mesmo chamado. O ato de se passar por outra pessoa configura crime de falsidade ideológica, previsto no artigo 299 do código penal brasileiro, com penas de um a cinco anos de reclusão.

Para se ter uma ideia, o termo "intervenção militar" subiu praticamente junto ao "combustível", em número de pesquisas no Google, nos últimos dias. Nesta quarta-feira, 30, o as pesquisas por intervenção ultrapassaram as de combustível.

 

 

O Comprova, Revide entrou em contato com o comando do Exército Brasileiro, em Brasília. A instituição tem ciência de de que o número de boatos envolvendo o nome do Exército aumentou e prefere não dar atenção a cada nova notícia falsa para não dar mais força aos autores.

Em nota oficial encaminhada ao Portal Revide, o Exército informou que as informações de uma suposta intervenção militar não expressam o pensamento dos seus comandantes. Abaixo, segue a nota na íntegra.

“O Exército informa que a declaração não expressa o pensamento do Exmo Sr General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, Comandante do Exército Brasileiro, nem da Instituição.  É importante destacar que Exército Brasileiro é uma Instituição de Estado, cuja atuação é baseada na legalidade e fundamentada em valores democráticos e nos princípios constitucionais.”

Além da nota, o Exército também enviou uma pesquisa na qual reitera a confiança do povo na instituição e pede que a população não propague esse tipo de notícia sem antes buscar uma fonte oficial.

Segundo a jornalista e professora do Curso de Jornalismo da Unaerp, Elivanete Barbi, a principal maneira de não cair numa informação falsa é verificar nos meios jornalísticos se aquela informação procede. A professora ressalta que a imprensa tem as técnicas e o compromisso ético para produzir informação de qualidade, bem apurada, com pesquisas, entrevistas com as fontes mais adequadas, especializadas e autorizadas a falar sobre o assunto.

"Do outro lado, o público, por sua vez, não é jornalista e não tem obrigação de saber quaisquer técnicas de apuração e informação jornalísticas. Então, para se tranquilizar e não ajudar a propagar notícia falsa, a forma mais eficiente de se proteger contra as fake news é buscar a confirmação ou não daquela informação nos meios de comunicação conhecidos”, explica Elivanete


Foto: Exército Brasileiro

Compartilhar: