Suzane Von Richtofen será candidata a deputada federal? Comprova, Revide!
Será que é verdade? Nossa equipe de reportagem foi atrás da resposta!

Suzane Von Richtofen será candidata a deputada federal? Comprova, Revide!

Página no Facebook compartilhou que a acusada de cometer um dos crimes mais midiáticos dos últimos anos pretende ser política

Circula nas redes sociais um print de uma página de um perfil do Facebook dizendo: “’Em defesa da família’ Suzane Von Richtofen 13666 deputada federal”. Muitas pessoas compartilharam a imagem, dizendo que acusada de cometer um dos crimes mais midiáticos do século XXI seria candidata a deputada federal pelo PT.

O Comprova, Revide foi atrás da história para saber se realmente Suzane estaria pleiteando uma cadeira no Congresso Nacional, em Brasília.

A página que postou a “informação” tem justamente o nome de Suzane Von Richtofen. Porém, não é um perfil pessoal, mas uma página. Ao mandar uma mensagem tentando entrar em contato com o administrador, surge uma mensagem automática em que está escrito “manda nudes”, sem a visualização do usuário.

Mesmo se a página for administrada por Suzane, a informação da candidatura não é verdadeira. Isso porque a definição de candidaturas para as eleições deste ano só ocorrerá no mês de julho e, aí sim, ficariam definidos o número da candidatura.

Além disso, na imagem compartilhada, aparece um código com 5 algarismos, enquanto o número de um candidato a deputado federal é registrado com 4 números. A legenda 13 se refere ao PT, o partido de maior número de deputados federais na atual legislatura - com 55 deputados - e que realiza prévias para definição de seus candidatos.

Também desmascarando a imagem, a Constituição Federal veda a candidatura eleitoral de pessoas condenadas em cumprimento de pena. No artigo 15, aponta que a perda ou suspensão dos direitos políticos só ocorre em casos de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos (este inciso afetaria Suzane, caso ela tenha interesse em entrar para a vida política);
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

‘A mentira tem se tornado uma tática política’

O historiador e cientista político Marcos Candeloro rechaça qualquer possibilidade de um partido político apostar em uma candidatura como essa. “Não tem nenhum tipo de lunático que gostaria de ter ela como candidata”, aponta o especialista.

Candeloro ainda aponta que a mentira tem se tornado uma tática política recorrente de todos os lados.  “Ela foi utilizada como instrumento de desinformação. Uma informação propositalmente errada e plantada”, prossegue o cientista político.

“Isso se tornou uma pratica comum no meio político, como vimos exemplos na eleição de Donald Trump. A Suzane é mais uma gota neste oceano turvo, que é o oceano da comunicação de massa, comunicação sem filtro, comunicação direta”, conclui.


Foto: Reprodução

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