Qualquer maneira de amor vale a pena

Qualquer maneira de amor vale a pena

Capaz de suscitar diferentes definições e vivências, o amor é um bom tema a tratar; aproveitando a proximidade do Dia dos Namorados, o assunto vem à tona embalado pelos mais diferentes ritmos musicais

Mônica destaca a dificuldade de conceituar o amor, por sua complexidadeSentimento ao qual ninguém está imune, não é fácil definir o que é o amor. Aos olhos da psicologia, por exemplo, as possibilidades são múltiplas e dependem da linha de pensamento a seguir. De acordo com a psicóloga e consteladora sistêmica, Monica Silvestre Santos, ele seria um sentimento que provoca uma atração e cria o desejo de manter um vínculo através do compromisso de reciprocidade entre o casal. “Essa definição tem como referência uma linha mais tradicional da Psicologia. No entanto, acredito que o amor tem um significado próprio para cada pessoa que o vivencia e, por sua complexidade, pode ser melhor definido pelos poetas”, continua Monica, que também é psicodramatista e coach. 

Como complementa a psicóloga Juliana Cintra Proença, a palavra amor depende de cada uma das relações em que essa emoção é vivenciada, sentida e transmitida. “Existe o amor entre pais e filhos, entre os irmãos, o amor próprio e o sexual — apenas para citar alguns. A abordagem que sigo, que é a psicologia comportamental, traz a definição do amor como ‘reforço positivo’. Em outras palavras, a relação de amor se estabelece a partir de trocas boas e prazerosas”, acrescenta Juliana, especialista em Análise do Comportamento.

Em uma relação amorosa, o vínculo pode se estabelecer de diversas formas. Há quem reconheça seu par pela atração física, pelas afinidades e valores em comum ou, ainda, pelas diferenças, enxergando no outro exatamente aquilo que falta em si mesmo. “Essa escolha não costuma acontecer de forma racional e consciente, pelo contrário. Como disse Blaise Pascal, ‘o coração tem razões que a própria razão desconhece’”, salienta Mônica. 

“Vivemos em tempos de ‘amor líquido’, como define o sociólogo Zygmunt Bauman”, ressalta JulianaNesse sentido, o amor pode unir quaisquer corações alinhados — independentemente das razões que justificam a sintonia — dispostos a estabelecer um relacionamento. Manter o vínculo estabelecido passa a ser, então, o desafio. “Quando pensamos no mundo contemporâneo, esse desafio é ainda maior, pois vivemos em tempos de ‘amor líquido’, como define o sociólogo Zygmunt Bauman”, acrescenta Juliana. De acordo com a psicóloga, com a evolução tecnológica e o aumento das relações em rede, ou virtuais, a comunicação e o relacionamento à distância se tornaram mais frequentes. As relações interpessoais estão perdendo espaço. “Assim, há um aumento da insegurança entre as relações e até sua breve substituição, como se fossem ‘mercadorias ultrapassadas’”, analisa. O imediatismo do mundo atual é outro fator que contribui para o estabelecimento das “relações líquidas”.

Para Mônica, esse tipo de relação é mais comum na adolescência, uma fase de descobertas importantes para o amadurecimento. No entanto, se esse comportamento persistir através dos anos, deve ser analisado. “Isso pode revelar um sofrimento interno, uma espécie de buraco que se quer preencher rapidamente. Pode evidenciar uma dificuldade de amadurecer e assumir compromissos com raízes em exemplos ou vivências do passado”, exemplifica. Segundo a psicóloga, assumir uma relação implica em aprender a ceder, responsabilizar-se, controlar certos impulsos, lidar com frustrações, entre outros ingredientes. “Infelizmente, o que se vê hoje é que a mínima crise se torna, muitas vezes, motivo para separação”, continua a consteladora familiar, destacando que não se pode esquecer, ainda, da influência da cultura, das crenças dos valores sociais e individuais.

No outro extremo, não dá para imaginar, também, que o amor deve ultrapassar todas as barreiras. “Dizer que o amor supera todos os obstáculos é naturalizar que ele deve ser vivido independentemente de qualquer acontecimento. Há casos de superação importantes, como uma crise financeira ou a morte de um ente querido por exemplo, mas há também situações a se pensar: vale a pena passar por isso?”, questiona Juliana. Relacionamentos abusivos e fechar os olhos para as necessidades do outro são exemplos da segunda situação. De acordo com a psicóloga, respeito e diálogo são bases sólidas para os casais que realmente querem permanecer juntos.

Retratos de amor

Quem está mesmo disposto a criar laços e se comprometer em um relacionamento deve saber que há muita gente disponível e disposta por aí também. Este é o caso dos casais que aceitaram compartilhar um pouco de suas histórias com os leitores da Revide. Os convidados ajudam a ilustrar que, em matéria de amor, cabem todas as diferenças. Aqui, estão representados namoros tradicionais e também homoafetivos ou que revelam diferenças físicas ou raciais. No entanto, essas diferenças não são mais importantes do que o sentimento captado pelas lentes da fotógrafa Lídia Muradás. 

Os relatos mostram que esse sentimento pode mesmo chegar das formas mais variadas possíveis e surpreender. Na construção do relacionamento, não há quem não tenha uma música, ou várias, que marcaram momentos especiais. Essa certeza levou à revista a perguntar a todos os convidados: que música faz parte da sua história? O link musical direcionou, também o trabalho de fotografia e produção, que pode ser visto na sequência. 

Paula e Bebeto

Da canção assinada por Milton Nascimento e Caetano Velloso vem o verso que intitula a matéria da Revide. A música foi composta em protesto ao fim do namoro entre Paula e Bebeto, amigos de Milton, que encerravam sua história aos 15 e 17 anos, respectivamente. O músico, no entanto, não se conformou com o término, já que acreditava no amor dos dois. Caetano traduziu o protesto do compositor mineiro em palavras e a música virou sucesso, primeiramente, na voz de Gal Costa. Paula e Bebeto, no entanto, seguiram a vida separados, encontraram outros amores e foram felizes para sempre.

O amor e a música

Para Márcio Coelho, formado em Música, com mestrado e doutorado em Semiótica da Canção, não há como negar o forte vínculo entre o amor e a música. “As canções falam daquilo que mobiliza as pessoas e o amor é um dos principais sentimentos nesse sentido. Afinal, não conheço ninguém que não tenha vivido ou sofrido por um grande amor pelo menos uma vez na vida”, afirma. De acordo com o especialista, a grosso modo, as canções são divididas em três grandes grupos — isso, segundo a teoria do Grupo Rumo, liderado por Luiz Tatit. As músicas temáticas são mais velozes, dançantes e consonantais; as figurativas são quase faladas; e as passionais costumam ser mais lentas, com notas e vogais mais longas e amplo eixo vertical. Neste último estão inclusas as canções de amor. “Esse grupo revela o estado da alma, inclusive, dos corações apaixonados”, acrescenta Márcio. Atentar-se a esses detalhes pode tornar ainda mais divertido acompanhar as músicas escolhidas pelos casais a seguir.

Hits do coração

Ouça as músicas selecionadas pelos casais que ilustram as páginas desta edição:

“Tell me what you’re gonna do now” - Joss Stone
“In my place” - Coldplay
“Love someone” - Jason Mraz
“Alma gêmea” - Fábio Júnior
“Final Feliz” - Jorge Vercillo
“Eu te proponho” - Racionais
“Duas metades” - Jorge e Mateus
“O que é que tem” - Jorge e Mateus
“Halsey” - Castle
“Love on the weekend” - John Mayer
“Crash into me” - Dave Matthews Band
“Dias atrás” - Pedro Henrique Barrionovo
“Sou só teu” - Júlio Cesar Alves de Farias

Leveza que rege o coração 



A batida leve e alegre que marca a canção “Tell me what you’re gonna do now”, de Joss Stone, é uma das canções que marcam a história da engenheira agrônoma doutora e blogueira Melina Cais Jejcic de Oliveira e do fisioterapeuta e corretor imobiliário Tiago Consoni Florenzano. “Gostamos de escutá-la juntos; a letra diz muito sobre como levamos nosso relacionamento”, explica Melina, que é sócia do @blogdacarne e do @universodesaia. O casal se conheceu em junho de 2015, quando Thiago abordou a namorada em um bar, e começou a namorar pouco mais de um mês depois. A sintonia foi rápida porque os dois têm muito em comum. “Fomos criados com os mesmos valores, gostamos das mesmas coisas e pensamos a vida da mesma forma”, destacam. Entre as diferenças dos dois estão a paciência e a calma dela e o temperamento explosivo e ansioso dele. O equilíbrio entre esses elementos e a admiração mútua sustentam a relação.

Programas favoritos:
• Sair para jantar
• Passar o tempo 
ao lado da família 
e dos amigos 
• Assistir filmes
• Viajar


Na mesma “vibe”



Foi um fotógrafo, amigo em comum do casal, o responsável pela aproximação da estudante Isadora Cury Balbo e do tatuador Jean Paul Medeiros. “Eu me interessei primeiro e pedi autorização para segui-lo nas redes sociais. Não achávamos que viveríamos um relacionamento sério, mas logo nos apaixonamos e tudo mudou”, conta Isadora, que foi pedida em namoro em 2014, com um bilhete em um grande ramalhete de rosas entregue em plena sala de aula. Os dois têm tantas afinidades quanto possuem diferenças: ele não gosta dos seriados que ela ama e não segue uma rotina tão saudável quanto a namorada, enquanto Isa é só bagunça perto da organização de Jean e prefere o verão ao inverno, favorito do namorado; por outro lado, os dois amam rap, odeiam monotonia, passam longe da louça suja e sonham em viajar pelo mundo. “Também somos ciumentos, mas nos ajudamos a crescer mutuamente”, continua Jean. Entre as inúmeras músicas que marcam a história do casal, “Eu te proponho”, dos Racionais, tem um significado especial.

Aos olhos do amor
“Jean é muito carinhoso e bondoso, diferente do que as pessoas possam imaginar diante de seu estereótipo. É talentoso e um artista delicado.”
“Amo o sorriso, o alto astral e a inteligência da Isa. Também não dá para ignorar sua beleza e sua simplicidade.”


Autoria própria



Servir como inspiração para uma música não é para qualquer pessoa. Isso aconteceu com a promotora de vendas Mariana Reynaud Ferreira antes mesmo de começar a namorar com o músico Júlio Cesar Alves de Farias. Os dois se conheceram em 2015 graças a alguns amigos em comum. Reencontraram-se um ano depois e, só então, tornaram-se mais próximos. “A conversa por whatsapp se tornou frequente e as saídas, mais constantes. Em novembro, ficamos pela primeira vez, mas nosso namoro só começou mesmo no dia 4 de janeiro deste ano”, relembra Mariana. A sinceridade é a qualidade da namorada que o músico mais admira; nele, a promotora de vendas elogia o bom coração. A braveza de Mariana e a distração de Júlio são características que precisam melhorar, aos olhos do parceiro.

Sou só teu, de Júlio Cesar Alves de Farias 
“Garota, eu não sei o que você fez Acho que dessa vez eu me entreguei de vez Quando eu te vejo, eu não sou mais eu Sou só teu, sou só teu”


Composição em família



Há 11 anos, a pedagoga Mônica Righi e o engenheiro civil Roberto Jacob Filho se tornaram namorados, mas os dois se conhecem desde a juventude. “A tia do Beto, Helena, foi casada com meu pai, Mauro, por 30 anos. Por isso, o conheci quando tinha 18 anos e ele, 24. Nossas vidas seguiram caminhos distintos, vivemos outros relacionamentos, tivemos nossos filhos e, finalmente, veio esse reencontro”, conta Mônica. O cupido foi a própria “vó Lena”, boadrasta da pedagoga, que a levou a uma festa de aniversário de Beto. Desde então, entenderam que são almas gêmeas, como na música de Fábio Júnior, um dos hinos do casal. Os dois decidiram manter as casas, separadamente, mas levam a vida compartilhando cada momento. “Dividimos a formação dos nossos filhos, a organização do dia a dia, os roteiros de viagem e tudo mais”, garantem. Para Mônica, Beto é um verdadeiro porto seguro; o engenheiro destaca o caráter e o companheirismo da namorada.

Filhos em harmonia
Mônica foi casada por 22 anos e é mãe das gêmeas Isadora e Mariela; Roberto, que manteve um casamento anterior por 12 anos,  é pai de Bob, Gabriella e Isabella, e avô de Antonella, a mais doce alegria 
da família!


A música como tatuagem



O bandolim estampado nas costas de Lívia de Toledo Penteado evidencia que sua paixão pela música não é passageira. O instrumento escolhido pela psicóloga pode não ser o mais comum nas bandas de rock, seu ritmo favorito, mas tem uma razão de ser. Era ele o companheiro do pai, falecido em 2012. A tatuagem foi feita no mesmo ano, o mesmo em que Lívia e o músico Pedro Henrique Barrionovo começaram a namorar. “Eu me lembro de ter visto alguns shows dele, como baterista de uma banda, em 2005 e 2006. Depois disso, voltei a encontrá-lo somente em 2012 quando, não demorou muito, começamos a namorar”, recorda Lívia. Para ela, a capacidade de perseguir os próprios sonhos do namorado é admirável; a determinação também é uma das qualidades, assim como o sorriso fácil, que Pedro mais admira nela. “Em comum, temos o companheirismo e a compreensão do momento que cada um está vivendo. O que nos une é o amor que sentimos um pelo outro”, destaca o músico, que conta seu amor por Lívia em uma composição própria, chamada “Dias atrás”.

Gostos em comum
Além da música, Lívia e Pedro compartilham o gosto pela gastronomia, por filmes e séries e pelas viagens — apesar de não estarem conseguindo fugir da rotina para visitarem outros lugares.


Sintonia fina



Depois de levar um “esbarrão” na porta de um restaurante, o analista de controladoria Jader Vilela de Oliveira não sossegou até encontrar, pelas redes sociais, o designer de interiores Miguel Martins Gomes. A amizade iniciada pela internet resultou em um jantar e no começo de uma história que está prestes a completar quatro anos. Muitas músicas ajudaram a compor o relacionamento dos dois, que adoram sair para dançar e se divertir, sozinhos ou rodeados de amigos. As escolhidas pelo casal demonstram que não falta entre eles cumplicidade e uma boa dose de romantismo. Para Jader, “In my place”, do Coldplay, reflete exatamente como ele se sentia quando conheceu o namorado; Miguel elegeu “Love someone”, de Jason Mraz, como principal hit do relacionamento. Apesar da sintonia apurada, Jader gostaria que Miguel tivesse mais paciência, enquanto o namorado, se pudesse, tornaria o analista menos teimoso.

O que admiram um no outro:
• a força de vontade 
• o carinho 
e a atenção
• a dedicação ao relacionamento


Diferentes e complementares



Angélica Cristina Alves Ferreira e Juan Gonçalves de Souza começaram a namorar em meados de 2016, depois de se conhecerem, primeiro, pelas redes sociais, através de amigos em comum. Quando se encontraram pessoalmente, já estavam bastante envolvidos e, desde então, nunca mais se separaram. Os dois reconhecem que, se pudessem, mudariam alguns detalhes um no outro — Juan tornaria Angélica menos brava e a namorada deixaria o auxiliar administrativo menos teimoso —, mas a admiração supera qualquer diferença. “Exatamente por reconhecermos que nosso relacionamento é feito de ótimos momentos e fases nem tão boas assim é que elegemos como nossa a música ‘Duas metades’, de Jorge e Mateus, cuja letra destaca justamente isso”, declara o casal. Os pontos positivos que cada um entrega são inúmeros: a dedicação, o carinho e a paciência do Juan completam o companheirismo, o respeito e o amor de Angélica.

Programas favoritos:
• Assistir filmes em casa
• Ir ao cinema
• Jogar videogame
• Visitar novos restaurante


No ritmo do sertanejo



É do repertório de Jorge e Mateus que saiu a música “ O que é que tem”, que ajuda a contar a história de Arthur Chodraui Nassif e Caroline Figueiredo Muradás. O relacionamento começou em 2014, depois que os dois, que se conheciam desde o colegial, reencontraram-se ao acaso. “Ele foi a trabalho na casa do meu irmão e eu estava lá visitando meu sobrinho”, lembra Carol. Não demorou muito para que os dois marcassem um primeiro encontro — para a surpresa da namorada, Tuca a levou ao supermercado. “Perguntei se ela sabia cozinhar, mas, diante da resposta negativa, preparei o jantar”, brinca o empresário. A simpatia e a energia positiva do namorado estão entre suas principais qualidades, na opinião de Carol, que também elogia o jeito sempre disponível e prestativo de Tuca. “Minha namorada é minha parceira para tudo! Além disso, é batalhadora, transparente e muito paciente”, ressalta o empresário.

Parceria saudável
Um dos programas favoritos do casal — que também ama estar com a família e viajar — é malhar!


Embaladas pelo bom humor



Na lista de afinidades das estudantes Fernanda Mello Collela, que cursa Publicidade e Propaganda, e Marina Ribeiro de Miranda, que estuda Direito, o bom humor é o item principal. Namoradas desde 2016, conheceram-se em 2014, mas não simpatizaram uma com a outra à primeira vista. Uma relação de amizade só começou a surgir um ano depois e o namoro surpreendeu os amigos em comum da dupla. Desde então, vêm descobrindo bons motivos para seguirem juntas, até mesmo nas diferenças. “Eu sou mais vaidosa, enquanto a Marina é mais resolvida e desapegada; ela também entende de muitos assuntos sérios e gosta de expressar sua opinião sobre tudo, enquanto eu tenho um dom especial para falar besteira e seu mal interpretada”, lista Mello Collela, destacando que, em comum, elas têm muitas ideologias, crenças e paixões. Entre as músicas que marcam o relacionamento está “Halsey”, da cantora Castle, tema do primeiro filme que viram juntas no cinema. 

Programas favoritos
• Sair para jantar
• Ir ao cinema
• Ir para a balada
• Cozinhar
• Assistir a séries
• Jogar videogame


Afinidades musicais



Além de terem escolhido a mesma profissão, a Arquitetura, Mariana Hetem e Pedro Conde descobriram logo mais um gosto em comum: as músicas de Dave Matthews Band. Por essa razão, “Crash into me” é uma das canções que marcam a história do casal. “Conheci o Pedro no Rio de Janeiro, quando me mudei para a cidade e comecei a trabalhar no mesmo escritório que ele. Não demorou para nos tornarmos muito próximos e começarmos nossa história”, relata Mariana, contando que decidiu voltar para Ribeirão Preto para abrir o próprio escritório de arquitetura. Na bagagem, trouxe Pedro, já na condição de noivo e sócio. Juntamente com a profissão, os dois se consideram metódicos, mas em situações diferentes. “O que mais admiro na Mariana é seu jeito carinhoso e sua determinação”, elenca o noivo. Em Pedro, a arqui-teta destaca a transparência e a gentileza com todos.

Pares no amor e no escritório
Mariana e Pedro assinam os trabalhos da PARprojetos. Além disso, estão a pleno vapor com os preparativos para o casamento.


Notas de romantismo



Quando a publicitária Ana Carolina Montans Fortes Guimarães e o dentista Arthur Siqueira Zuolo se conheceram, os dois estavam com longas viagens marcadas: ela embarcaria para um intercâmbio de seis meses e ele, para um MBA de um ano, em lados opostos do Oceano Atlântico. “Como já sabíamos que viajaríamos em breve, a ideia era não se envolver. Mas, à medida em que fomos nos conhecendo, isso foi acontecendo naturalmente”, lembra Ana Carolina. A despedida foi difícil, mas os dois mantiveram contato graças à tecnologia. Até que a publicitária foi surpreendida pela visita de Arthur. O dentista aproveitou a ocasião para pedi-la em namoro, em Paris. “Foi muito especial. Depois disso, ainda passamos oito meses distantes”, continua a namorada. Assim os dois já estão prestes a completar cinco anos juntos. Hoje, ela mora em Ribeirão Preto e ele, em São Paulo, mas os dois se encontram todos os finais de semana. A música do casal não poderia ser outra: “Love on the weekend”, do John Mayer. “A música trata exatamente do que vivemos a cada encontro, esperando a chegada do próximo final de semana para nos vermos de novo”, acrescenta Arthur. 

Admiração recíproca
“O que mais admiro no Arthur é sua generosidade e seu dom de me acalmar.”
“Ana Carolina é muito trabalhadora, dedicada e está disposta a ajudar a todos.”


Em constante afinação



O espírito livre e a disponibilidade para mudar constantemente são marcas da personalidade do músico e produtor Jorge Nascimento. Foi no palco que o saxofonista encantou a empresária Simone Goda pela primeira vez. Os dois se tornaram amigos ao serem apresentados em uma festa, por amigos em comum, mas foi depois de ver uma apresentação do músico em um clube da cidade que Simone ficou encantada. “Eram marchinhas de carnaval e, por isso, considero esse o ritmo da nossa história”, conta a namorada. O relacionamento foi se estabelecendo aos poucos e, hoje, gostam de compartilhar todos os momentos. “Entre os nossos programas preferidos está provar as cervejas artesanais que passamos a fabricar”, destaca o saxofonista. Em comum, os dois tem a determinação e muitas afinidades, mas o temperamento é bem diferente. “Ele é rápido na tomada de decisões. Eu já penso bastante”, explica a empresária.

Dom musical
Além da simplicidade e da inteligência, Simone é grande admiradora do talento musical do namorado, que faz questão de aplaudir de perto.

 


Texto: Luiza Meirelles
Fotos: Lídia Muradás
Produção: Marcela Versiani
Agradecimentos: Teatro Minaz e Guitar Music

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