Geração de valores

Geração de valores

O trabalho desenvolvido dentro da Casa das Mangueiras é pautado pelo despertar de princípios como respeito, responsabilidade, participação e solidariedade

Desde sua fundação, em 1973, a Casa das Mangueiras tem por finalidade atender a crianças e a adolescentes em situação de vulnerabilidade social e seus familiares em programas e serviços assistenciais. Para isso, a organização desenvolve atividades como as oficinas de musicalização, artes cênicas, danças urbanas, futebol, judô e horta, oferecidas em contraturno escolar a alunos de seis a 15 anos da região do Ipiranga. “Essas atividades auxiliam no desenvolvimento sociocultural, artístico, de cidadania e meio ambiente, entre outras, e os relatos que recebemos comprovam que a Casa vem transformando vidas”, celebra Carlos Eduardo Veiga Soares, coordenador de Relações Institucionais e Comunitárias da entidade.

De acordo com Thais Rafaele Cruz, psicóloga da instituição, o objetivo é desenvolver habilidades e competências protagonistas no público-alvo, assegurando o empoderamento, a autonomia e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários entre os assistidos. “Dessa forma, criamos condições para a superação das situações de fragilidade social e promovemos a proteção social dessas pessoas”, avalia. Atualmente, são atendidos cerca de 100 crianças e adolescentes, juntamente com suas famílias e a comunidade.

Em 2020, o cenário foi drasticamente alterado pela pandemia de Covid-19. Os atendimentos presenciais foram paralisados, dando lugar às aulas on-line. É no ambiente virtual que as oficinas continuam acontecendo, enquanto a equipe técnica e os gestores retornam gradualmente às suas atividades, mantendo todos os cuidados recomendados para garantir a saúde nesse período. “Presencialmente, estamos prestando apenas atendimentos sociais de maneira individualizada e em visitas domiciliares”, complementa o assistente social João Gabriel Manzi, ressaltando que os educandos e suas famílias receberam informações para as devidas precauções e cuidados necessários em função da pandemia. A distribuição de cestas básicas também passou a fazer parte das atividades da Casa das Mangueiras.

Já com os olhos voltados para os futuros atendimentos presenciais, a equipe gestora pensa em melhorias para o espaço físico da instituição. “Em um estudo prévio por adequações, precisamos de uma recepção e de mais uma sala de atendimento e outra de reuniões. Também está nos nossos planos ter outras duas salas para oficinas”, lista Maria de Lourdes Pereira da Silva, coordenadora de operações da entidade. Pelo mesmo estudo, a biblioteca e a informática ganhariam entradas externas e o refeitório seria ampliado, garantindo que a demanda seja atendida sem a necessidade de turnos para as refeições. Um projeto de reestruturação da entidade pretende aumentar em 30% a capacidade de atendimento a médio prazo.

Hoje, a equipe da Casa das Mangueiras é formada por 20 pessoas, presididas por Almir Aparecido Torcato. “Ainda estamos buscando nossa autossustentabilidade financeira. Isso depende da expansão das contribuições que recebemos — especialmente provenientes da Nota Fiscal Paulista — e do estabelecimento de parcerias com universidades por meio de extensão”, afirma o presidente. A entidade conta com recursos municipais, estaduais e federais, além de sócios-contribuintes, eventos e bazares realizados em seu benefício. 

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