Aromas florais

Aromas florais

Delicados e sutis, os perfumes agradáveis ao olfato surgem durante o processo de produção dos vinhos e durante a transformação da uva em álcool

Murilo Prizanteli traz orientações ao público Apreciar um bom vinho já faz parte dos hábitos de muitos brasileiros. Esse hábito costuma aumentar à medida que se intensifica, também, a vontade de aprender sobre os diversos rótulos disponíveis no mercado. Mais ainda, desfrutar de um bom vinho fica mais interessante quando a atenção também está direcionada aos aromas reunidos. Das flores, vêm inúmeros desses aromas. “Especialmente na primavera, investir em rótulos que se destacam pelos aromas florais é uma boa ideia, ainda mais quando harmonizados de forma apropriada, com ingredientes que valorizem a degustação”, orienta Murilo Prizanteli, sommelier da City Pão. 

Na adega da panificadora, que hoje conta com mais de 300 rótulos, é possível selecionar até 60 bebidas diferentes que são ideais para um brinde à estação das flores. Bem delicados, esses aromas florais podem passar despercebidos pela falta de familiaridade do público. Segundo Murilo, para ter uma boa percepção olfativa, é necessário muito treino. “Vá a feiras, floriculturas e sinta o cheiro das frutas e das flores. Tenho certeza de que, muito em breve, será mais fácil perceber muitos aromas nos vinhos. Divirtam-se”, sugere o sommelier, que apresenta as principais diferenças de alguns rótulos que exalam perfumes florais. 

Harmonia de sabores

O vinho rosé Winemaker’s Secret Barrels completa a triologia do projeto original da Viña Puntí Ferrer, que consiste na elaboração de um vinho tinto, um branco e um rosé. A vinícola não revela nem as uvas, nem o ano da colheita, o que torna este rosé uma surpresa. O rosé Winemaker’s Secret Barrels é um néctar de frutas vermelhas bastante refrescante e com um toque levemente doce. Este vinho foge do padrão também pela garrafa de um litro e o moderno rótulo gravado diretamente no vidro.

Robusto e intenso

Resultado do estágio de dez meses em barricas de carvalho francês e com grande potencial de envelhecimento, o Dal 1947 Primitivo de Manduria DOP é um tinto italiano, do coração do Mediterrâneo. “O vinho tem coloração rubi com reflexos  na cor púrpura, aromas de cerejas e framboesas maduras, além de notas de chocolate e especiarias. Na boca é encorpado, com taninos macios e final persistente”, explica Murilo. 

Rosa e jasmim

Um vinho doce, intenso e complexo, que combina aromas de rosa e jasmim, papaia e pêssego seco, além de nuances de caramelo e mel. No palato, é fresco e persistente. Combina as uvas Gewürztraminer, Sauvignon Blanc e Moscatel, cultivavas nos vales chilenos do Maipo, Curicó, Leyda e Limarí. Fica delicioso com sobremesas à base de frutas e também com queijos azuis.

Violeta

As uvas que compõem este tinto são provenientes do Vale do Maipo. Trata-se de um Cabernet Sauvignon jovem e de boa estrutura. Carrega aromas de violetas, frutas vermelhas, pimenta preta, canela e baunilha. No palato, mostra equilíbrio e persistência. Cerca de 20% do vinho passa por barricas de carvalho durante seis meses.

Jasmim 

Este Sauvignon Blanc é um grande expoente do Vale de Casablanca, sem passagem por carvalho. Com aromas de jasmim, frutas cítricas e tropicais frescas, que se confirmam no palato. Tem refrescante acidez, boa textura e final persistente. O rótulo obteve 93 pontos no maior guia de vinhos sul-americanos da Revista Descorchados.

Gerânio

Este branco é elaborado com uvas plantadas em Cafayete (Salta), no norte da Argentina, a mais de 1.500 metros de altitude. Traz uma explosão de aromas, com presença de gerânio e de frutas cítricas. Sem passagem por carvalho, é muito fiel à expressão da uva Torrontés. No palato, é fresco e delicado, com delicioso toque mineral.

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