Riqueza Artística
Criado há 28 anos, o MARP - Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi possui acervo com mais de 1.700 obras e é ponto de encontro para quem gosta de apreciar a arte
Mais precisamente às 21h do dia 22 de dezembro de 1992, foi inaugurado o Museu de Arte de Ribeirão Preto (MARP), com o intuito de reunir todo o acervo de artes plásticas da Prefeitura — obras do Salão de Arte de Ribeirão Preto (Sarp) e do Salão Brasileiro de Belas Artes (Sabbart), adquiridas pelo poder público, bem como obras doadas, como o conjunto de trabalhos dos artistas Leonello Berti e Nair Opromolla, assim como promover a recuperação do acervo. Tudo isso ocorreu depois de uma grande reforma no antigo prédio da Sociedade Recreativa. Após oito anos de existência, o museu passou a se chamar Pedro Manuel-Gismondi.
Como diretor do MARP desde 2002, Nilton Campos ressalta que o mais surpreendente é ver um museu resistir às transformações da sociedade, tendo em vista que várias instituições fecham as portas na atualidade. Segundo Nilton, grandes conquistas surgiram ao longo dos últimos anos, como a criação da Associação de Amigos do MARP (AAMARP) e de um conselho do MARP. O espaço conta, também, com o apoio da Prefeitura de Ribeirão Preto. O local é frequentado por visitantes da cidade, escolas e turistas de diversas regiões do país. Há, ainda, um Programa de Exposições do MARP, que seleciona, por meio de jurados, artistas para expor obras em duas épocas do ano — uma maneira de valorizar a arte nacional.
O MARP possui um acervo com mais de 1.700 obras. Pelo menos uma vez ao ano, elas são expostas ao público. Até o dia 19 de fevereiro, fica em cartaz a exposição “entrelinhas: pó palavra corpo”, de Simone Moraes. Gabriel Azarias, 24, explica que começou como estagiário pela Prefeitura no Museu, no ano de 2015. Hoje, é monitor pela AAMARP. “É um prédio histórico da cidade, aberto ao público, com exposições gratuitas. Importante, também, para muitas pessoas que vêm de fora visitar”, afirma.
O museu abre à visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e há casos de plantões aos sábados. “A arte exposta faz com que tenhamos reflexões de nossas vidas. Um museu não é apenas para ser observado, mas precisamos ver de que forma a obra mexe comigo, a maneira que me faz refletir e, assim, voltar diferente para casa. Temos de nos reconhecer no lugar. Ele é nosso e faz a diferença na vida de qualquer pessoa”, destaca Nilton.
MARP - Museu de Arte de Ribeirão Preto
Rua Barão do Amazonas, 323, Centro
