Templo de Amor ao Próximo

Templo de Amor ao Próximo

Pastoreada por Monges Beneditinos Olivetanos, paróquia mantém tradições antigas, com arquitetura rica em detalhes e cantos gregorianos diários

A Paróquia Basílica Santo Antonio de Pádua, situada nos Campos Elíseos, em Ribeirão Preto, chama a atenção pela grandeza e riqueza de detalhes. É pastoreada pelos Monges Beneditinos Olivetanos desde a criação, em 1947, por parte de Dom Manoel da Silveira d’Elboux. A igreja abacial começou a ser construída no dia 18 de junho de 1922, pelo então Abade Luigi Maria Perego, e pela comunidade monástica presente desde 1919, em Ribeirão Preto. O responsável pelo projeto arquitetônico é o italiano Cesare Formenti, amigo de Dom Abade. A primeira missa foi celebrada em 1930 e, até hoje, não deixa de receber inúmeros fiéis. Ela se destaca, também, porque diariamente a comunidade monástica canta em gregoriano, às 6h e às 18h, as orações de Laudes e Vésperas — oração da manhã e tarde. O momento é uma oportunidade de oferecer aos fiéis vindos de todos os cantos um momento íntimo de oração.

Segundo Dom Bernardo M. Bergamim, além das celebrações, a paróquia oferece outros serviços. Regularmente, há formação de leigos e um serviço assistencial chamado “Pão dos Pobres”. “A Ordem Beneditina tem a representatividade atestada por qualquer bom livro de história. Não houve sequer um campo da vida humana em que os monges beneditinos não tenham contribuído para a elevação, seja da gastronomia à astronomia, da saúde à literatura, da música à arquitetura e demais áreas”, acrescenta Dom Bernardo.
“É inexplicável o que sinto. Quando fazemos o bem não esperamos nada em troca”, afirma Reynaldo
Há anos frequentando a igreja, Reynaldo Falaschi, de 81 anos, não deixa de cumprir uma missão importante: depois de fazer uma promessa a Santo Antonio de Pádua para manter o seu casamento e dos filhos em perfeita paz e harmonia, ele se dedica, pelo menos uma vez por semana, a entregar pães na igreja aos mais necessitados. A oferta fica exposta em um santuário e a distribuição é feita. O aposentando, ao demonstrar carinho pelo próximo, também aproveita para passar em todos os santuários da igreja para fazer a oração. “É inexplicável o que sinto, quando fazemos o bem não esperamos nada em troca. A gente se sente mais realizado do que aquela pessoa que receberá a doação”, destaca Reynaldo. Ele não deixa de citar que o ambiente transmite muita tranquilidade, além de afirmar que os cantos proporcionam paz espiritual. 
Segundo Dom Bernardo, a Ordem Beneditina contribuiu com várias áreas do saber

Compartilhar: