Tranquilidade do Oriente

Tranquilidade do Oriente

Dentro do Bosque Municipal Fábio Barreto, o Jardim Japonês atrai visitantes que querem conhecer mais sobre a cultura oriental e estão em busca de paz interior.

Um pedaço do Japão em meio a uma reserva verde na área urbana de Ribeirão Preto, destacando-se pela beleza e também pelo simbolismo e se apresentando como um cantinho para contemplar a natureza: assim é o Jardim Japonês, implantado no Bosque Municipal Fábio Barreto, em 1969. O local é ponto de encontro para muitos que buscam tranquilidade. Logo na entrada, observa-se o tori, um portal que representa, segundo a tradição japonesa, a separação do mundo físico para o espiritual. Ou seja, para quem atravessa esse ponto, é bom saber que os problemas devem ser deixados para fora e, no interior, a busca deve ser por paz e equilíbrio interior. Lagos característicos do Japão também foram construídos, com pontes que lembram bem a cultura e a arquitetura oriental. A casa do chá, que já foi palco de gravação para a novela Rei do Gado, é muito utilizada por pessoas que querem fazer fotos e guardar uma lembrança do jardim.
Segundo Alexandre, cerca de 20 mil pessoas frequentam o local mensalmente
Alexandre Gouvêa, diretor do Bosque desde 1995, explica que o Jardim Japonês está entre duas matas, a do jequitibá, considerada resquício de Mata Atlântica, com solo mais profundo e árvores de folhas largas, e a Mata do Angico, com solo mais raso. Quem está no centro da cidade, pode observar, de longe, que no inverno e em época de seca, é possível avistar uma paisagem mais verde, a Mata Jequitibá, porque as árvores têm maior capacidade de armazenamento de água, e a outra mais seca, onde há a perda das folhas. “Para mim, é um privilégio trabalhar dentro de um bosque, em uma área urbana. É importante trabalhar com a conservação e a preservação” destaca Alexandre. 
“É muito gostoso se sentar lá, sentir a energia do lugar”, destaca Zilma
Outra referência dentro do jardim é o mirante, com ampla visão do centro da cidade e muito frequentado por quem também quer fazer fotos. O diretor ainda acrescenta que, mensalmente, cerca de 20 mil pessoas visitam o local, consequentemente, muitas delas, passeiam pelo jardim. Para a vizinha do bosque Zilma Teófilo, apesar do espaço requerer mais cuidados, o local é bem frequentado. Ela, que é florista e paisagista, acolhe em sua residência pessoas, também de fora do país, que querem conhecer o espaço e saem satisfeitas por visitar o local. “É muito gostoso se sentar lá, sentir a energia do lugar, olhar para o lago. O ambiente, por ser tranquilo, transmite muita paz”, finaliz a moradora. 

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