Criatividade, Tecnologia e Cidadania
Plataforma INMI, que engloba organizações de apoio ao imigrante, está entre os vencedores do Hackathon 2019, realizado em Valência na Espanha;
Se o povo brasileiro é um dos mais criativos do mundo, a empreendedora social ribeirãopretana Larissa de Moura Cordeiro, de 28 anos, é prova desse conceito, afinal, ela e os brasileiros Beliza Boniatti e Felipe Schaeffer Neves, do Rio Grande do Sul, Tulio Ramos, do Rio de Janeiro, e Lucas Gonzalez, de Minas Gerais, foram os vencedores do Hackathon 2019, realizado em Valencia, na Espanha.
O Hackathon é um evento competitivo em que uma equipe composta por profissionais de diversas áreas contribui com projetos sustentáveis criando soluções inovadoras para as cidades dentro de um prazo definido. O objetivo é desenvolver um protótipo funcional, em formato on-line, para resolver determinados problemas urbanos.
A edição do Col-lab Weekend 2019 foi organizada pelo Las Naves (hub de inovação da Prefeitura de Valencia) e teve como foco o desenvolvimento de projetos inovadores de cunho social.
À frente da Aldea, uma organização de desenvolvimento social que trabalha com experiências econômicas alternativas e processos de desenvolvimento territorial-comunitário, Larissa explica que o intuito do projeto é centralizar informações de todos os serviços relevantes de Valencia, como alimentação, cultura, documentação, identidade e trabalho, em uma única plataforma virtual. “É uma forma de conectar os imigrantes que vivem ou que estão chegando à cidade e facilitar a estadia”, conta.
A ideia, segundo Larissa, é transformar o INMI em um Startup de nível europeu, com investimentos de diversas organizações sociais parceiras. “Um dos grandes problemas da Europa, atualmente, é a questão dos imigrantes. A INMI chega com toda a força pra integrar essas pessoas na sociedade e melhorar o bem-estar pra toda a população”, comenta Beliza Boniatti, uma das participantes do projeto.
Durante três dias, os participantes estiveram imersos no evento para desenvolver soluções inovadoras e responder a 24 desafios propostos pela organização que englobavam diferentes necessidades no ambiente urbano, como Cidade Sustentável, Cidade Saudável e Cidade Compartilhada. Ao todo, foram 24 desenvolvedores, dez mentores, cinco jurados e cinco equipes participantes. Com a premiação, os jovens poderão incluir o INMI à incubadora por seis meses para que se desenvolva e seja posto em prática. “Sabemos que o Brasil é um polo de referência em temas relacionados aos negócios e inovações sociais, o que representa o enorme potencial dos jovens para desenvolver soluções empreendedoras e coletivas, respondendo, de forma criativa, às necessidades e problemas das cidades. Espero que nossa história possa inspirá-los fazendo-os entender que, unidos, podem impactar as próprias comunidades e cidades”, conclui Larissa.
