Primeiros passos

Primeiros passos

O mundo das cervejas tem uma história antiga. Conhecê-la através do paladar é um bom caminho

Para quem está iniciando uma relação com o mundo das cervejas, esse universo revela inúmeras possibilidades. Apresentar ao paladar, primeiro, as variações mais leves da bebida pode ser uma boa escolha, mas se aventurar pelos rótulos mais robustos não é proibido. O sommelier de cervejas Carlos Henrique Braghin, do Senac Ribeirão Preto, recomenda os estilos Weizen e Witbier (feitas de trigo), além das Pale Ales para iniciar essa caminhada. “Existe uma a grande oferta de estilos hoje em dia, principalmente em Ribeirão Preto. Para se ter uma ideia, somente as cervejarias que compõem o Polo Cervejeiro da cidade produzem, juntas, mais de 50 estilos, das mais leves até as mais encorpadas”, complementa Carlos Henrique.



Segundo o sommelier, o amargor, que geralmente incomoda alguns apreciadores, pode ser identificado logo no rótulo. “Esse sabor segue uma escala correspondente: a Unidade Internacional de Amargor, identificada pela sigla em inglês IBU (International Bitterness Unit). Basta checar no rótulo a quantidade de IBU da cerveja. Quanto maior o índice, mais acentuado será o sabor amargo”, explica. Para percorrer um bom caminho e entender os vários estilos cervejeiros, Carlos Henrique defende que as informações históricas devem ser observadas. “Sempre é importante buscar referências, que nortearão nossa opinião. Conhecer cervejas icônicas, como a  Vitus, uma Weizenbock, fabricada pela Weihenstephaner, que está ativa desde 1040, é fundamental para compreender as escolas cervejeiras e seus principais estilos”, aponta.

O especialista ressalta, ainda, que o paladar leva tempo e depende da bagagem sensorial de cada indivíduo. Para Carlos Henrique, experimentar é fundamental e “não gostar“ é apenas uma consequência. “A melhor forma de moldar o paladar é provando e estabelecendo associações cotidianamente”, assegura o sommelier. 

As primeiras impressões

Ricardo Rodrigues teve o primeiro contato com cervejas especiais em 2014, através de um amigo que já entendia do assunto. “Foi uma experiência incrível, pois eu tive a oportunidade de deixar um pouco de lado as cervejas de massa para conhecer mais sobre as cervejas especiais”, conta Ricardo.



O estudante provou, de cara, uma India Pale Ale (IPA), um dos estilos mais lupulados. Depois vieram as Weiss, as Fruit Beers (que têm adição de frutas em sua composição) e as Stout, cervejas escuras de sabor torrado. “Em Ribeirão Preto, temos cervejarias com ótimos produtos. Há uma grande variedade de estilos e marcas, tanto nacionais quanto importadas. Este é um mundo bem curioso, que nos impulsiona a conhecer cada vez mais estilos diferenciados”, comenta Ricardo.

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