Ideais liberais

Ideais liberais

Na palestra realizada em Ribeirão, intitulada “A Travessia para o Brasil que queremos”, João Amoêdo, fundador e ex-presidente do Partido Novo, apresenta os valores que norteiam o trabalho da legenda

Tornar o Estado mais enxuto e dar mais liberdade ao cidadão: essas, entre outras ideias liberais, são algumas das premissas que direcionam o discurso e a ação do Partido Novo, 33ª legenda do Brasil. Registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em setembro de 2015, o partido foi fundado pelo engenheiro João Dionísio Amoêdo, carioca que consolidou a carreira como executivo financeiro, tendo passado por diversas grandes instituições. “Junto com um grupo de pessoas que nunca haviam feito parte da política, decidi criar um partido que representasse um novo modelo para o Brasil, que vem vivendo uma das piores crises de sua história”, explica o idealizador do Novo e provável candidato à presidência pela legenda, em 2018.

O partido tem um posicionamento radicalmente liberal, uma vez que defende que o Estado seja reduzido para dar às pessoas mais liberdade e autonomia para gerir a própria vida. “Não acreditamos que o Governo tenha que dedicar seu tempo a empresas ou instituições financeiras, por exemplo. O Estado precisa garantir as áreas básicas, como educação básica, segurança e saúde, para que os cidadãos, que são os geradores de riqueza, possam fazer suas escolhas, produzir e fazer o país caminhar”, argumenta Amoêdo. Segundo o executivo, uma máquina estatal inchada, como a atual, também favorece a corrupção.

Faz parte do processo de encolhimento do Estado um profundo plano de privatizações e também a redução de impostos. Com mais dinheiro no bolso, cada indivíduo pode tomar as próprias decisões na definição, por exemplo, de seus investimentos. “O Fundo do Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ilustra bem o que eu estou dizendo. Todos os cidadãos são obrigados a destinar parte do salário a esse Fundo, que investe os recursos, necessariamente, em uma instituição financeira pública, a juros abaixo dos pagos pela poupança. Não seria mais justo dar ao cidadão o direito de decidir onde aplicar seu dinheiro?”, questiona o fundador do partido. O engenheiro reconhece que o novo modelo exige, também, um novo comportamento do brasileiro. “Com essa liberdade, as pessoas vão aprender a fazer durante o processo de mudança, errando e acertando”, opina.

Sem usar Fundo Partidário, o Novo impõe processo seletivo a toda pessoa que queira se candidatar pela legenda, separando a gestão do Partido da atividade política. Apesar de ter apenas dois anos de atividade, o partido, que tem vereadores eleitos em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte, possui um projeto ambicioso para o próximo pleito eleitoral: eleger, pelo menos, 35 representantes, entre deputados federais, estaduais e governantes. O legenda já confirmou, também, que terá um representante entre os presidenciáveis, mas ainda não consolidou que o desafio será de Amoêdo.

Essas e outras pretensões foram apresentadas pelo idealizador do Partido durante a palestra “A Travessia para o Brasil que queremos”, realizada em Ribeirão Preto no dia 14 de novembro, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (ACIRP). “Pelos ideais que defende, o Partido Novo vem encontrando forte apoio no interior de São Paulo. Acredito que essa identificação acontece, justamente, em função de cidades como esta, com espírito empreendedor e vontade de prosperar”, acrescenta João, que é carioca e tem 55 anos, Esportista, o líder do Novo já completou seis provas de Ironman e mais de 10 maratonas. 

Ideias no primeiro plano
“Por não me sentir representado por nenhum partido, nunca havia me envolvido politicamente. O Novo traz uma proposta atrelada a ideias, e não a pessoas ou a ações populistas. Para mim, a não utilização do Fundo Partidário e o processo seletivo para os candidatos foram fatores cruciais para que eu me vinculasse à legenda.”

Daniel Caetano, advogado.

Apoio necessário
“O primeiro passo para mudar o quadro político brasileiro instaurado atualmente é não desistir dele. Pelo contrário, é importante atrair pessoas com bons propósitos para dentro dela. É por esse motivo, além das convicções alinhadas — e não conveniências —, que apoio o Partido Novo.”

Eduardo Junqueira Santos Pereira, administrador de empresas.

Foco na educação

“Quando conheci o Partido Novo, já estava disposta a me envolver politicamente para colaborar com as mudanças de que o Brasil precisa. Entre os valores da legenda que mais ajudaram a me convencer está a crença de que a educação básica deve ser a principal prioridade dos políticos e dos governantes.

Renata Morelli, engenheira agrônoma.

Credibilidade

“Não fazer parte do Fundo Partidário, assim como instituir um processo seletivo para todo possível candidato a cargos políticos pela legenda são alguns dos aspectos que, para mim, ajudaram a credenciar o Partido Novo e me fizeram me filiar a ele. Além disso, não se permite mais de uma reeleição e também não se mistura gestão partidária e carreira política. Acredito que, dessa forma, é possível começar uma trajetória adequada no cenário público brasileiro.

Ferraz Júnior, jornalista.
 

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