Juventude Imunizada

Juventude Imunizada

Adolescentes marcam presença nos pontos de vacinação na cidade

Texto: Laura Oliveira

Em 576 dias de pandemia, muita coisa aconteceu. É pouco mais de um ano e meio em que as pessoas estão vivendo, predominantemente, dentro de casa, torcendo para que todos fiquem bem e para que a normalidade seja restabelecida o quanto antes. Há 264 dias, o Brasil iniciou uma campanha massiva de imunização. Até a última quinta-feira, 7, só no Estado de São Paulo, eram 38 milhões de vacinados com a primeira dose ou dose única. Quando essa jornada iniciou, os adolescentes e jovens, pela alta capacidade de resposta imunológica do organismo, ficaram em último lugar na lista de prioridade. Parecia tão longe, mas, agora, o momento deles chegou. E o que eles pensam sobre essa situação toda? 

A estudante do ensino médio Beatriz Vitória Marchetti, de 15 anos, acredita que a vacinação em jovens é uma ótima forma de prevenção. “Os jovens transmitem a doença mais facilmente, já que a grande maioria é assintomático. Recebendo a vacina, contribuímos para a segurança de todos”, afirma. A mãe de Beatriz, Sandra Regina Silva Marchetti, comenta que, depois da vacinação da filha mais nova, se sentiu esperançosa, confiante e aliviada. Antônio Azevedo Abdu tem uma opinião muito parecida com a de Beatriz. De acordo com ele, a vacinação “é muito importante e todo mundo tem que se vacinar. É questão de responsabilidade social”, enfatiza. A mãe do jovem de 14 anos, Natália Azevedo, é grata à Deus e à ciência pelo fato da família ter chegado bem e saudável até aqui. “A vacina veio para nos tranquilizar, para que nós nos sintamos mais protegidos”, completa.

Júlia Ceribelli Mezavila, de 17 anos, destaca o sofrimento dos jovens durante o período de isolamento. “De certa maneira, os jovens foram um dos grupos que mais sofreram nesse período, tendo que ficar em casa, com aulas on-line e longe dos amigos. A vacinação é essencial para que essa pandemia acabe”, alerta. Ludmila Puntel esperava ansiosamente pelo dia em que a filha, Nina Puntel Caldeira, tomaria a primeira dose da vacina contra o coronavírus. “A vacinação foi celebrada com muitas fotos e cartazes. O momento trouxe uma gota de esperança. É preciso acreditar no poder da ciência”, declara. Aos 14 anos, Nina se mantém informada sobre a Covid-19 no Brasil e no mundo, tanto no âmbito da saúde, quanto na política atual. “As medidas de segurança que estão sendo tomadas contra a Covid-19 ainda são precárias. Ficamos 18 meses sem nenhum tipo de ajuda do Governo. Existem pessoas que ainda não acreditam na eficácia da vacina, mesmo depois de dois anos de pandemia. Se não fosse pelo descaso do governo atual, poderíamos ter evitado muitas mortes”, opina a jovem. 

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