Detran.SP esclarece mitos relacionados ao teste do bafômetro
Tomar vinagre, usar antisséptico bucal ou comer chocolate não livra motorista de resultado positivo no etilômetro
O Departamento Estadual de Trânsito do Estado de São Paulo (Detran.SP) orienta aos foliões a não dirigirem após consumirem bebida alcoólica durante o Carnaval. Em nota emitida nesta sexta-feira, o departamento esclarece que não adianta tentar driblar o bafômetro com vinagre, antisséptico bucal, refrigerante, chocolate e outras dicas que rolam na internet. “O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) esclarece que todas essas receitas não passam de mitos”, informou.
A nota reforça ainda que os produtos interferem no resultado do bafômetro.
O aparelho ainda é capaz de detectar a presença de álcool no organismo mesmo se a medição for realizada imediatamente após o motorista ter consumido alimentos como bombom com licor ou usado antisséptico bucal que contenha álcool na formulação.
“Nesses casos, se a pessoa não tiver realmente ingerido bebida alcoólica e tiver receio do resultado por ter feito uso desse tipo de produto, a orientação é que o cidadão informe o fato à autoridade de trânsito no momento da abordagem. Dessa forma, o condutor pode pedir para fazer um novo exame, caso o primeiro dê positivo”, esclarece a nota.
Um dos boatos que circulam nas redes sociais é que supostamente tomar vinagre depois de ingerir bebida alcoólica livra a pessoa de um possível resultado positivo no teste do etilômetro. “O bafômetro mede o álcool ingerido que passou para a circulação sanguínea e, posteriormente, é exalado dos pulmões para o ar. O vinagre não consegue interferir no etanol exalado para o ar, provindo dos pulmões do motorista”, explica a hepatologista Marta Deguti, do Centro de Gastroenterologia do Hospital 9 de Julho. Na realidade, se o vinagre contiver álcool, isso pode até agravar o resultado positivo do teste.
Outro “truque” que ganhou fama recente na internet é o Metadoxil (piridoxina ou vitamina B6), um medicamento que acelera a metabolização do álcool do fígado e é mais utilizado no tratamento de alcoolismo e alterações hepáticas. “Mas ele não interfere na concentração do álcool que está no sangue ou que é exalado e medido no bafômetro”, rebate a médica.
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