Em média, agentes de trânsito aplicam 18 multas por hora em Ribeirão Preto
De acordo com a Transerp, o primeiro semestre de 2018 registrou um aumento de 10% nas infrações em relação ao mesmo período de 2017
Em média, a cidade de Ribeirão Preto tem aplicado 18 multas por hora, de acordo com a última contabilização feita pela Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp), realizada em setembro. No total, foram mais de 121 mil infrações nos primeiros nove meses de 2018. Segundo os dados divulgados, o primeiro semestre deste ano, registrou um aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2017.
Até o momento, com as penalidades aplicadas, foi arrecadado pouco mais de R$ 17 milhões que, de acordo com a Transerp, são usados para despesas públicas como sinalização, engenharia de tráfego e de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito, conforme estabelecido pelo Código de Trânsito Brasileiro.
Para Luiz Gustavo Correa, especialista em planejamento e gestão de trânsito, o respeito nas vias do município está bem abalado. “No meu modo de ver, a imprudência dos condutores é a principal causa deste aumento. Hoje, nós observamos que os motoristas, da cidade são bem imprudentes. E nós vemos isso até nas faixas de pedestres”, disse.
As principais causas de multas em Ribeirão são por transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%, dirigir veículo segurando o telefone celular, estacionar em local ou horário proibido, transitar em velocidade superior à máxima permitida em mais de 20% até 50% e deixar de usar o cinto de segurança.
Acidentes
Apesar do aumento de multas, o número de acidentes de trânsito não diminuiu. No primeiro semestre de 2017, foram 22 mortes nas vias da cidade, já em 2018, no mesmo período, foram registradas 28 mortes, segundo o Infosiga. Os veículos que mais se envolveram em acidentes foram as motocicletas.
Já que, apesar da aplicação de multas, o número de mortes e acidentes nas vias municipais continuam a aumentar, outras medidas devem ser tomadas. “É necessário investir em programas de educação e que os valores arrecadados com essas aplicações sejam revertidos para o trânsito”, declara Correa.
Foto: José Cruz/ Agência Brasil