Iluminação automatizada ajuda a reduzir colisões traseiras em rodovia de Ribeirão Preto

Iluminação automatizada ajuda a reduzir colisões traseiras em rodovia de Ribeirão Preto

Sistema ativa postes de iluminação para evitar acidentes com veículos pesados

Veículos pesados e em baixa velocidade serão facilmente percebidos por usuários de carros que seguem pela Rodovia Anhanguera (SP-330), entre os quilômetros 325 e 326, que liga Ribeirão Preto a Jardinópolis, trecho em aclive com alta incidência de colisões traseiras.

A Entrevias, concessionária que administra o trecho, instalou um sistema automatizado de iluminação que utiliza câmeras com sensores para identificar a presença do veículo pesado em baixa velocidade e acionam, gradualmente, uma sequência de 33 postes de iluminação com lâmpadas led, com distância média de 30 metros cada um. 

O objetivo é reduzir os casos de colisão traseira e alertar motoristas de veículos leves que existe à frente a presença de um pesado em baixa velocidade. Um levantamento interno da concessionária mostra que na Rodovia Anhanguera, em toda a extensão administrada pela Entrevias, foram 86 acidentes do tipo colisão traseira em 2019 (36% dos casos).

A velocidade regulamentada para o trecho é de 110 km/h para carros e 90 km/h para veículos comerciais pesados. Com o novo sistema de iluminação, o usuário que trafega em velocidade regulamentada normal consegue ter maior tempo de ação e reduzir, caso necessário.  

O gestor de segurança viária da Entrevias, Fábio Ortega, explica que no ponto onde a tecnologia está sendo utilizada, de aproximadamente um quilômetro, veículos pesados perdem muita velocidade, por se tratar de um aclive logo após a descida. Em contrapartida, motoristas que seguem em velocidade normal e já estão “embalados”, deparam-se com veículos que chegam a reduzir para 30 km/hora. 

“Principalmente à noite, o condutor do automóvel que está utilizando a velocidade permitida se depara, muitas vezes, com caminhões em baixa velocidade e com pouca iluminação. Se não houver tempo hábil para frenagem, a colisão traseira vai acontecer e com gravidade. Com essa iluminação gradual, ele consegue visualizar os caminhões e antecipar a tomada de ação”, afirma Ortega.

A Rodovia Anhanguera não é a primeira em número de ocorrências dessa natureza – mais recorrente no Anel Viário Sul –, mas por ser um corredor logístico importante e rota de escoamento de produtos, os acidentes costumam ter maior gravidade.

No trecho total operado na região de Ribeirão Preto, de 299 quilômetros, os acidentes mais recorrentes são: os choques, entre defensas e muretas, a colisão traseira e em terceiro lugar o tombamento de motocicletas. O levantamento aponta, ainda, que as colisões na Anhanguera ocorrem, principalmente, aos sábados e nas segunda-feiras, no período noturno.

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Foto: Entrevias

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