Jovens motociclistas são as maiores vítimas no trânsito na região

Jovens motociclistas são as maiores vítimas no trânsito na região

Pesquisa aponta que 40% das vítimas no trânsito possuem entre 18 e 29 anos; aumento da frota de automóveis também preocupa

De janeiro a maio de 2017, a região de Ribeirão Preto registrou 98 óbitos no trânsito, sendo 81 masculinos, 16 femininos e 1 não informado. Desse total, 39 - o equivalente a 40% - foram de pessoas com idades entre 18 e 29 anos. Os dados fazem parte do estudo sobre Segurança no Trânsito e Mobilidade Urbana realizado pelo especialista em Planejamento e Gestão de Trânsito Luiz Gustavo Correa.

O autor da pesquisa ainda ressalta possíveis fatores para este quadro. "Acredito que o jovem, por ser mais afoito e se arriscar mais, acaba se colocando mais em situações de risco. Em razão dessa atitude, ele tem mais probabilidade e os números comprovam que eles são as maiores vítimas no trânsito", explica Correa. "Outro problema também é a falta de experiência, visto que a nossa formação como condutor é ainda muito falha. Ao jovem ainda falta aquela experiência para se comportar melhor no trânsito", finaliza.

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Aumento da frota

Para se ter uma ideia do tamanho da frota de veículos que circula diariamente na Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP), basta analisar os dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) referentes ao mês de maio 2017, quando foram contabilizados mais de 1 milhão de veículos. Se todos estes veículos fossem estacionados em fila, atingiriam um total de 4.387 mil quilômetros – o suficiente para sair de Oiapoque e chegar em Chuí, considerando o tamanho em média de 4 metros por veículos.

De acordo com a frota, a média na RMRP é de 1,51 habitante por veículo - superior à média nacional, que é de 4,8. A população estimada da região é de 1,6 milhão habitantes.

O município com a maior média de habitantes por automóvel é Monte Alto, com 1,28, e o com a menor média é Serra Azul, com 3,52. Mesmo assim, o número ainda é superior a média nacional.

A pesquisa realizada por Correa ainda aponta para os problemas administrativos e de logística que esse aumento da frota pode gerar. "Em alguns momentos do dia, cidades pequenas já estão sofrendo com o excesso de veículos nas ruas [...] As pessoas cada vez mais utilizam o transporte individualizado deixando em segundo plano o transporte coletivo".

O Portal Revide questionou a Prefeitura sobre quais são as medidas tomadas sobre os acidentes de trânsito e o aumento da frota, entretanto, até o fechamento desta reportagem não obteve resposta. 


Foto: Juliano Pedrozo

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