Ministro do Meio Ambiente afirma que "limpa no Ibama" foi feita para retirar militantes
Ricardo Salles participou de um debate na 26ª Agrishow, na tarde desta segunda-feira, 29
O ministro da Agricultura, Ricardo Salles, em um debate mediado pelo jornalista Willian Waack, na Agrishow, na tarde desta segunda-feira, 29, comentou a fala do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de que está em curso um “limpa no Ibama”.
O debate também contaria com a presença da ministra da Agricultura Tereza Cristina, mas ela precisou acompanhar o presidente em um evento em Brasília. Com um incomum apoio dos agricultores, a pasta do Meio Ambiente, historicamente incômoda ao agronegócio, parece ter caído nas graças da categoria. A plateia respondia as frases de efeito e as críticas do ministro à rigidez de órgãos fiscalizadores com palmas entusiasmadas.
Segundo Salles, o presidente o pediu para “recolocar os órgãos nos trilhos”, e isso incluí o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e o Instituto Chico Mendes (ICM Bio). Para o ministro, os órgãos estavam tomados por “militantes ambientalistas” nos quais haviam problemas de ordem jurídica e política.
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“Existe uma minoria de técnicos que travestem a sua ideologia em pareceres técnicos”, afirmou Salles. Como exemplo, o ministro citou os produtores de madeira na Amazônia. Salles alegou que a fiscalização de órgãos como o Ibama eram “excessivamente rígidas”. Com isso, esses produtores eram “jogados na ilegalidade”.
“O presidente foi eleito com 58 milhões de votos. O que acontece na área ambiental é que ONGs e entidades com 10, 15 ou 20 pessoas querem se colocar como mais representantes da sociedade do que o presidente e deputados eleitos com mais de 100 mil votos”, criticou o ministro.
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Foto: Luan Porto