Ações de combate à violência nas escolas derrubam 756 perfis em redes sociais
Ataques a escolas e creches chocou o Brasil nos últimos meses

Ações de combate à violência nas escolas derrubam 756 perfis em redes sociais

Houve ainda 225 prisões e apreensões por incentivos à violência no ambiente escolar

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, divulgou nesta terça-feira, 18, balanço sobre as ações do Governo Federal no combate à violência nas escolas. Segundo ele, 756 perfis em diversas redes sociais foram retirados do ar nos últimos 10 dias, por incitar ou encorajar ataques violentos em escolas. Houve ainda 225 prisões e apreensões.

Os números são resultado de operações integradas entre o Ministério da Justiça, polícias federal, estaduais e guardas municipais, após o ataque em uma creche em Blumenau (SC), no dia 6 de abril, em que quatro crianças morreram e cinco ficaram feridas.

Também foi criada uma plataforma no site do MJSP para receber denúncias sobre possíveis casos de ataques em escolas. O canal exclusivo para recebimento de informações de ameaças foi criado em parceria com o SaferNet Brasil e pode ser acessado neste link

Segundo relatório apresentado pelo ministério, houve uma queda de denúncias nos dois últimos dias. Um dia depois do ataque de Blumenau (SC), tinha-se uma média de 400 denúncias por dia, chegando depois a uma média 1700 denúncias por dia, e agora, nos últimos 2 dias houve uma queda de 170 denúncias por dia, envolvendo também denúncias no site e na identificação de perfis na internet.

O ministro encerrou a apresentação destacando a mudança de posicionamento das redes sociais, que passaram a colaborar com a operação escola segura e reforçando a importância da continuidade das ações em conjunto com os estados para garantir a segurança de crianças e adolescentes no Brasil.

Nesta quarta-feira, 19, acontece uma audiência pública para esclarecimentos do edital sobre o Programa Nacional de Segurança Pública nas Escolas.

O documento trata de um montante de R$ 150 milhões, que poderá ser utilizado para fortalecer as capacidades institucionais dos órgãos de segurança pública para atuação nas escolas, por meio de ações preventivas das patrulhas das polícias militares ou das guardas civis municipais, bem como pelo fortalecimento da investigação e inteligência policial no monitoramento e repressão de crimes perpetrados ou planejados contra a comunidade escolar e seus membros, inclusive em ambientes virtuais.

O valor provém do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e será ofertado aos estados e municípios, que têm a competência constitucional para fazer o patrulhamento ostensivo. As propostas dos municípios devem ter o valor mínimo de R$ 100 mil e máximo, de R$ 1 milhão. Já para Estados e Distrito Federal, o financiamento vai de R$ 500 mil a R$ 3 milhões.

Conforme o secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, o edital é uma medida de caráter tanto emergencial quanto estrutural para fazer face a esse momento delicado da vida brasileira de acontecimentos criminosos que estão ocorrendo no ambiente das escolas e potencialmente também das universidades.

 


Ueslei Marcelino

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