Delegado da Sevandija pode ter sido alvo dos supostos hackers que atacaram Moro
Polícia Federal prendeu um dos suspeitos das invasões em Ribeirão Preto, nesta terça-feira, 23
O delegado Flávio Vieitez Reis, responsável pelas primeiras fases da Operação Sevandija em Ribeirão Preto, também pode ter sido alvo dos supostos hackers que invadiram o celular do ministro da Justiça Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol.
Nesta terça-feira, 23, a Polícia Federal (PF) cumpriu onze ordens judiciais nas cidades de Ribeirão Preto, Araraquara e São Paulo, sendo sete mandados de busca e apreensão e quatro de prisões temporárias. Ao todo, quatro pessoas foram presas.
Consta no mandado de buscas que o delegado da PF, Flávio Vietez Reis, atualmente em Campinas, também teria sido alvo dos hackers. Além dele, Também a investigação avalia se foram vítimas o desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, no Rio de Janeiro, o juiz Flávio Lucas, da 18.ª Vara Federal do Rio e o delegado da PF Rafael Fernandes, em São Paulo.
As quatro pessoas presa foram transferidas para Brasília, três homens e uma mulher. A ação da PF, batizada de Operação Spoofing, foi determinada pelo juiz da 10.ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.
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Antecipou
No último dia 15 de julho o site Intercept “antecipou” a prisão dos possíveis hackers. Em editorial, assinado pelos jornalistas Glenn Greenwald e Leandro Demori, o veículo argumenta que há evidências suficientes que provam a veracidade das mensagens atribuídas a Moro e Dallagnol.
“Está considerando realizar essa semana uma operação que teria como alvo um suposto ‘hacker’, que hipoteticamente seria a fonte do arquivo. Esse suposto hacker seria estimulado a “confessar” ter enviado o material ao Intercept e o adulterado”, informou o Intercept oito dias antes da operação.
Foto: Arquivo Revide