Deputada acredita que estão surgindo ‘novas Marielles’ na defesa pelos Direitos Humanos
Marcia Lia, da Comissão de Defesa da Pessoa Humana da Alesp, aponta que é preciso recuperar as instituições democráticas do País
Em visita a Ribeirão Preto, nesta segunda-feira, 19, a deputada estadual Marcia Lia (PT) afirmou que o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) fará surgir “novas Marielles” na luta pelos direitos das comunidades mais pobres e das mulheres. Marcia ainda acredita que este é um momento de fortalecimento de movimentos de direitos humanos no País.
Marcia, que integra a Comissão de Defesa da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), acredita que tem surgido mais mulheres ativas em defesa de seus interesses.
“Eu tenho visto florescer muitas Marielles. Muitas mulheres se posicionando na perspectiva de não aceitar o que está acontecendo”, comentou a deputada, que lamenta o fato disso trazer como consequência a repercussão e “forças contrárias”.
“Em 1968, quando houve movimentos da defesa dos direitos humanos, nós ganhamos o AI 5 [ato institucional número 5]. Espero que isso não aconteça de novo, espero que a nossa democracia seja restabelecida e que a gente não possa caminhar para trás. Nós estamos vivendo um momento muito tenso”, declarou Marcia.
“A execução não foi pelo crime organizado, pelo contrário, ela estava incomodando como militante de direitos humanos. Ela estava denunciando abusos que ocorriam na favela. Ela estava incomodando, e não era o crime organizado, ela estava incomodando os detentores do poder. Era uma moça jovem que trabalhava muito pelas comunidades jovens do Rio de Janeiro e ela foi dizimada porque ela fazia um trabalho para ajudar as pessoas que precisam”, concluiu a deputada.
Foto: Ibraim Leão
