Guarujá quer cobrar taxa para turistas entrarem na cidade

Guarujá quer cobrar taxa para turistas entrarem na cidade

Prefeitura prevê enviar proposta à Câmara ainda este ano; Ubatuba é outro município em que visitantes passaram a pagar pela entrada

A prefeitura de Guarujá, no litoral de São Paulo, quer cobrar taxa dos turistas para acesso às suas 27 praias, entre os destinos mais populares entre os paulistanos. A proposta é de que os carros pequenos e médios paguem R$12,78 por dia para uma permanência de ao menos três horas na cidade. O valor aumenta conforme o porte do veículo, chegando a R$119,28 para ônibus e caminhões. Motos devem pagar R$4,26.



 

Uma audiência pública para a criação da Taxa de Preservação Ambiental será realizada na sexta-feira, 24, quando detalhes da proposta serão apresentados à população. A expectativa é de que o projeto seja enviado à Câmara ainda este ano.

Em Ubatuba, litoral norte, a cobrança de uma taxa de R$13 para carros de fora que permanecem mais de 4 horas na cidade já é feita desde fevereiro. Os dois municípios litorâneos já cobram taxas de ônibus e vans de turismo: em Guarujá, o valor é de R$4.260 por ônibus de excursão.



 

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Guarujá, a iniciativa já é adotada por diversos destinos brasileiros com o intuito de mitigar impactos gerados pela grande circulação de visitantes e veículos. Na alta temporada, a população flutuante chega a ser maior do que a fixa (cerca de 287,6 mil habitantes).

Conforme a secretaria, a receita obtida com a taxa será destinada ao Fundo Municipal do Meio Ambiente e empregada prioritariamente em serviços e medidas para proteger e preservar a natureza local. A prefeitura avalia outras medidas de controle de acesso, como limitar o número de visitantes na Prainha Branca. Não é prevista, porém, cobrança de taxa específica para chegar a essa praia.



 

Segundo ele, o aumento no fluxo de veículos e visitantes impactam a cidade, principalmente nos feriados prolongados e alta temporada, como o verão, que começa no mês que vem. Um exemplo, diz a pasta, está na produção de lixo. Uma pessoa produz uma média entre 1 a 1,6 quilo de resíduos sólidos e o serviço de coleta de lixo é medido por peso.



 

Há impactos também no saneamento básico. Nesta segunda, 20, feriado estadual, das 12 praias da cidade monitoradas pela Cetesb, a companhia ambiental paulista, três estavam impróprias para banho: Perequê, Enseada (Rua Chile) e Enseada (Av. Santa Maria).

 


Foto: Divulgação

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