Ministro de Minas e Energia explica a situação hídrica e pede redução do consumo de energia
Durante o pronunciamento, Bento Albuquerque anunciou a intenção de criar um bônus para os consumidores que diminuírem o consumo de eletricidade
Em pronunciamento na noite dessa terça-feira, 31, em rede nacional de rádio e televisão, Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia explicou a situação hídrica nos reservatórios das usinas e a alta na tarifa de energia produzida por termelétricas e a importada de países vizinhos.
Durante a declaração, o ministro comparou a perda de geração hidrelétrica, devido à estiagem no Centro-Sul, com o consumo de uma cidade como o Rio de Janeiro durante cinco meses. Além disso, ele colocou a seca como um fenômeno natural ocorrente em “muitos outros países”, no entanto, ressalta que a estiagem terá impacto sobre a geração de energia na maior parte do Brasil.
Segundo o ministro, a ativação de usinas termelétricas e a compra de energia de países vizinhos vão gerar custos para à conta de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a criação de uma bandeira tarifária que cobrará R$ 14,20 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido entre 1º de setembro e abril do próximo ano. O novo patamar representa um aumento de R$ 4,71, cerca de 50% em relação à bandeira vermelha atual, e terá impacto de cerca de 7% na conta de luz total.
“Como todos os recursos mais baratos já estavam sendo utilizados, essa eletricidade adicional, proveniente de geração termelétrica e da importação de energia, custará mais caro”, justificou.
Somado a isso, Albuquerque citou medidas para reduzir o consumo de energia como, a determinação de que os órgãos federais diminuam o consumo em 20% e o incentivo para que grandes consumidores, como indústria, troquem de horário, reduzindo o consumo nos horários de pico. Pediu também o empenho de toda a população, anunciando a intenção de criar um bônus para os consumidores residenciais, comerciais e de serviços que diminuírem o consumo de eletricidade.
Como exemplos de ações que podem contribuir para a redução dos gastos, o ministro citou o desligamento de luzes e aparelhos fora de uso, o aproveitamento da luz natural e a redução do uso de chuveiros elétricos, de aparelhos de ar-condicionado e de ferro de passar roupa, sugerindo a utilização desses equipamentos durante a manhã e nos fins de semana.
Por fim, Albuquerque disse que a recuperação dos reservatórios leva tempo e, também, depende da intensidade das chuvas no próximo verão. “É por isso que, nesse momento de escassez precisamos, mais do que nunca, usar nossa água e nossa energia de forma consciente e responsável. Com esse esforço, aliado ao conjunto de medidas que o governo federal vem adotando, seremos capazes de enfrentar essa conjuntura desafiadora. Uma conjuntura que será tão mais favorável quanto mais rápida, intensa e abrangente for a mobilização da sociedade para enfrentá-la”, concluiu.
*Com informações da Agência Brasil.
Foto: Agência Brasil
