Pelo Twitter, Temer e Dilma lamentam atentado nos EUA

Pelo Twitter, Temer e Dilma lamentam atentado nos EUA

Presidente interino expressou solidariedade, enquanto Dilma lamentou o preconceito e a intolerância; atirador matou 50 pessoas

O presidente interino, Michel Temer (PMDB), lamentou neste domingo, 12, o tiroteio na boate Pulse em Orlando, Flórida, nos Estados Unidos. “Quero lamentar enormemente a tragédia nos Estados Unidos que vitimou dezenas de norte-americanos. Expresso a solidariedade brasileira às famílias das vítimas desse atentado”, escreveu Temer em sua conta no Twitter.

Dilma disse que o mundo vive momentos difíceis de intolerânciaA presidente afastada Dilma Rousseff (PT) também usou o Twitter para manifestar seu lamento sobre atentado à boate gay, ocorrido na madrugada deste domingo, 12. “Estamos vivendo momentos terríveis, tempos de preconceito e intolerância que ceifam vidas humanas”, disse Dilma.

O atirador, identificado como Omar S. Mateen, de 29 anos, abriu fogo contra pessoas que estavam na boate, voltada para o público LGBT. Natural da cidade de Porto St. Lucie, na Flórida, e filho de paquistaneses, Mateen trabalhava como guarda de segurança e era cidadão norte-americano. Armado com um rifle tipo AR15 e uma pistola, ele fez reféns por cerca de três horas até que a polícia decidiu entrar no local e o matou durante uma troca de tiros.

Pelo menos 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas. O chefe de polícia de Orlando, John Mina, classificou como "um dos piores tiroteios em massa na nossa história dos Estados Unidos."

O ataque já é considerado um dos maiores massacres da história Estados Unidos. Levando-se em conta o número de mortos, a tragédia na boate Pulse só perde para os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, quando aviões se chocaram contra as Torres Gêmeas de Nova York. Além das mortes, o atirador deixou 53 pessoas feridas na casa noturna.

Em entrevista à imprensa, o prefeito de Orlando, Buddy Dyer, disse que a cidade, um dos maiores centros turísticos dos Estados Unidos, está abalada, mas vai achar forças para superar os acontecimentos. "Nossa comunidade é forte. Precisamos ajudar uns aos outros para lidar com essa situação", disse. "Hoje estamos lidando com algo que nunca imaginamos e é inacreditável", acrescentou Dyer.

O oficial do FBI Ron Hopper, disse, em uma primeira entrevista, neste domingo de manhã, que as autoridades estavam trabalhando com a hipótese de o atirador ter ligações com grupos terroristas jihadistas. "Neste momento estamos observando todas os ângulos da investigação", disse Hopper. "Consideramos que essa pessoa [o atirador] tenha uma ideologia particular. Mas ainda não podemos [dizer] isso de forma definitiva, uma vez que precisamos avançar mais nas investigações."

Segundo o FBI, o atirador chegou à cena do crime de "forma organizada e bem preparado". De acordo com os investigadores, há sinais de que ele não é da região.

Omar Mateen estava sendo investigado já algum tempo, informaram policiais à rede de TV ABC News. Segundo o relato da televisão norte-americana, os pais de Mateen nasceram no Afeganistão.


Fotos: Beto Barata (Temer) e Lula Marques (Dilma)

Compartilhar: