PF pede prisão preventiva de Palocci, que nega ser o ‘Italiano’
PF pede prisão preventiva de Palocci, que nega ser o ‘Italiano’

PF pede prisão preventiva de Palocci, que nega ser o ‘Italiano’

Prisão temporária do ex-prefeito de Ribeirão Preto se encerra nesta sexta-feira, 30; em depoimento à PF, Palocci aponta que justiça fez leitura equivocada de mensagens de Odebrecht

A Polícia Federal pediu a prisão preventiva do ex-ministro da Fazenda e Casa Civil, e ex-prefeito de Ribeirão Preto, Antonio Palocci, ao juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro. A prisão temporária de Palocci vence nesta sexta-feira, 30.

 O delegado da PF Filipe Hille Pace aponta ao juiz que o político teria orientado a assessores que destruíssem provas de que ele estaria envolvido em esquemas de corrupção junto ao empresário Marcelo Odebrecht. Além de Palocci, o delegado pede que sejam emitidas as prisões preventivas ao assessor Branislav Kontic.

“Tais vantagens, em sua grande maioria traduzidas em dinheiro em espécie, ainda não foram rastreadas a partir desta investigação, motivo pelo qual não existe qualquer medida cautelar diversa da prisão que inviabilize Antonio Palocci Filho e Branislav Kontic – seu funcionário até a presente data – de praticarem atos que visem a ocultar e obstruir a descoberta acerca do real paradeiro e emprego dos recursos em espécie recebidos”,  escreveu o delegado no pedido.

Palocci, junto com Kontic, e com o ex-assessor Juscelino Dourado, foram detidos na última segunda-feira, 26, na 35ª etapa da Operação Lava Jato, a pedido de Sérgio Moro.

O magistrado alega que o ex-ministro teria recebido R$ 128 milhões de esquemas de corrupção junto a Odebrecht, para beneficiar a construtora em contratos com a Petrobras. Moro decretou as prisões preventivas para facilitar o acesso a provas.

Depoimento na PF

Em depoimento que deu aos investigadores da Lava Jato na tarde de quinta-feira, 29, Palocci afirmou que “é equivocada” a prisão decretada pela justiça, embora as considere “boas”. Ele também apontou, que houve “equivoco” por parte da Polícia Federal na utilização dos documentos que aponta a ligação dele com Marcelo Odebrecht.

Além disso, ele afirmou que a PF e o Ministério Público Federal apenas julga as versões das mensagens encontradas de Odebrecht, porém, não a opinião e a sua participação nas propostas em que teria cometido às infrações, e que também nega que seria o “Italiano”, referido nas mensagens.


Foto: Antonio Cruz/ABr

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