TSE acata pedido do partido de Bolsonaro e veda manifestação política no Lollapalooza
Pabllo Vittar fez show e se manifestou contra Bolsonaro; ministro determinou multa de R$ 50 mil para novas manifestações

TSE acata pedido do partido de Bolsonaro e veda manifestação política no Lollapalooza

PL argumentou que, durante apresentações no festival, artistas se manifestaram a favor de Lula e contra o presidente

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Raul Araújo acolheu um pedido do PL e determinou que o festival Lollapalooza vede a realização de manifestações que podem ser classificadas como político-eleitorais por parte dos artistas que se apresentarem no evento, que termina neste domingo, 27.

A decisão do ministro é monocrática e foi tomada após o PL ter acionado a Corte, em razão de manifestações das artistas Pablo Vittar e Marina, na sexta-feira, 25.

O partido argumentou que durante as apresentações, as artistas se manifestaram a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, filiado ao PL. Para os advogados do partido, as manifestações configurariam propaganda eleitoral antecipada, o que não é permitido por lei.

Na determinação deste sábado, 26, o ministro justificou a decisão com o argumento de que esse tipo de propaganda “pode voltar a ser deflagrada”, já que a programação do Lollapalooza começou ao meio-dia deste domingo, 27, e termina após as 23h.

“Defiro parcialmente o pedido de tutela antecipada formulada na exordial da representação, no sentido de prestigiar a proibição legal, vedando a realização ou manifestação de propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea em favor de qualquer candidato ou partido político por parte dos músicos e grupos musicais que se apresentem no festival”, escreveu Araújo.

O ministro estipulou ainda multa de R$ 50 mil para o festival para cada vez que a proibição for desobedecida, “até ulterior deliberação", da Corte.


Foto: Reprodução/Facebook Pabllo Vittar

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