Adolescente de Ribeirão Preto faz estágio em equipe de ciclismo espanhola
O atleta tem treinado o espanhol e se adaptado à cultura do país

Adolescente de Ribeirão Preto faz estágio em equipe de ciclismo espanhola

Marcos Levy, de 17 anos, ficará na Espanha por um período de seis meses

Um jovem ciclista de Ribeirão Preto recebeu a oportunidade de estagiar em uma das principais equipes do ciclismo mundial, a Digarsa - Club Ciclista Colindres, da Espanha.  Marcos Levy, de 17 anos, ficará em solo espanhol por um período de seis meses.

Adaptado ao novo país, Levy conta como foram os primeiros dias, treinamentos, adequação com o frio e a primeira experiência internacional da vida. “Cheguei no dia 17 de março e foi a minha primeira viagem internacional, tudo é novidade, aos poucos vou me adaptando com os costumes e dia a dia. O que mais me pegou foi o frio. No dia 19 de março, comecei os treinamentos e com 11 dias, com certos custos, me adaptei com as maiores quilometragens, alimentação e descansos”, disse.

Feliz com a oportunidade, o adolescente brincou com o fato de ainda não falar bem o espanhol, mas fez questão de ressaltar que já arrisca. “O idioma tem algumas palavras parecidas, mas nos primeiros dias tive muita dificuldade. O básico havia estudado no Brasil e há quase um mês aqui, já consigo arriscar o “portunhol”, brincou.

O atleta também comentou a ajuda oferecida por um companheiro de equipe, que é brasileiro e que foi responsável por sua indicação ao grupo espanhol. “Em relação ao convívio diário, estou junto a outro brasileiro, o Arthur Simeoni, que já está no seu segundo ano pela equipe. Isso ajudou um pouco com as regras e os afazeres. O Arthur e eu treinamos pela manhã e as refeições principais, almoço e janta, fazemos com o técnico. A oportunidade surgiu através dos meus resultados em Ribeirão Preto”, contou.

Levy tem alcançado bons resultados. O ciclista ribeirãopretano foi vice-campeão da prova Memorial Emílio Fernandez e terceiro colocado no II Trofeo Santa Juliana, provas tradicionais na Espanha. Ele elencou as principais diferenças que sentiu entre o esporte praticado em ambos os países. Para ele, o formato das provas é mais agressivo e o trabalho em equipe aparece mais.

“Semelhanças é difícil citar, pois é muito diferente do Brasil, principalmente estrutura, ritmo, quantidade de atletas, quilometragens de provas, treinamentos que duram de 10 a 20 horas semanais. O formato das provas é bem mais agressivo e o trabalho das equipes prevalece. Quase todas as competições são nas estradas e em regiões montanhosas, então praticamente escalamos todos os dias nos treinamentos”, afirmou.


Foto: Divulgação

Compartilhar: