Adolescente é encontrada após fugir para a casa do namorado em Ribeirão Preto
Em menos de um mês, o município registrou três casos semelhantes de meninas que saíram de casa sem informar os pais
A adolescente Júlia Karina Marinho da Silva, de 14 anos, foi encontrada na manhã desta segunda-feira, 12, após ficar desaparecida desde o último sábado, 10, em Ribeirão Preto. Em menos de um mês, a cidade registrou três casos semelhantes de meninas menores de idade que saíram de casa e não avisaram os pais.
Desta vez, a história terminou com um final feliz. Júlia foi achada na casa de um adolescente no bairro Jardim Salgado Filho, na Zona Norte do município. Segunda a mãe da menina Maria do Amparo Silva, ela foi encontrada graças à ajuda das pessoas que acessam as redes sociais.
“A gente encontrou ela nesta manhã de segunda-feira, 12, através de informações fornecidas pelas redes sociais. Uma moça viu ela e nos informou o local. Fomos até lá procurarmos e a achamos com um rapaz. O avô dele falou que chegou cedo em casa, a viu e fez várias perguntas, mas ela não respondeu”, conta a mãe.
Maria diz que tentou falar com a adolescente por meio do telefone, mas o aparelho estava sempre desligado ou fora de área. “O telefone estava desligado, mas agora ela está comigo. Obrigado a todos que nos ajudaram. Para isso, a internet é muito boa”, finaliza.
Casos como o de Júlia têm se tornado comuns em Ribeirão Preto. No dia 31 de outubro, duas amigas saíram de casa para irem até a escola e não retornaram. As menores Júlia Rafaela de Paiva Carneiro e Thainá Mikaele Ferreira de Araújo Machado, de 14 e 15 anos, respectivamente, ficaram até o dia 5 de outubro escondidas na casa de uma amiga sem dar notícias aos familiares.
Da mesma maneira, a mãe Liliana Valéria dos Santos reencontrou a filha que estava desaparecida de 9 a 13 de outubro, no bairro Ipiranga, Zona Norte da cidade. Ana Beatriz Borges, de 15 anos, viajou até outro município e não comunicou a mãe.
Em todos os casos, a Polícia Civil foi acionada e um Boletim de Ocorrência foi registrado. Todas as meninas voltaram para casa.
Em razão desses acontecimentos, o Portal Revide procurou a ajuda de uma especialista para saber como os pais devem reagir nessas situações. A psicóloga Beatriz Marques diz que é difícil tratar a linha de pensamento de uma pessoa, pois estes casos ainda não são comuns perante a psicologia. Apesar disso, ela afirma que o diálogo sempre é a melhor opção.
“O principal é a família tentar conversar com a adolescente. Isso tem faltado na nossa sociedade. Se a família e a adolescente entenderem que alguma área profissional possa ajudar no caso, pode ser sim uma saída”, explica a especialista.
Para a psicóloga, antes de julgar é importante que a família entenda o ocorrido. “A conversa é a melhor forma de evitar estes problemas”, finaliza Beatriz.
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