Alunos da USP paralisam por cotas e apoio a funcionários
Estudantes pedem adesão de cotas raciais no vestibular da universidade e discordam da escolha de novo prefeito do Campus
Estudantes do Campus da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto realizaram paralisação nesta terça-feira, 24, contra o chamado “sucateamento” da universidade, e terceirizações na prestação de serviços no Campus, e pela adoção de cotas raciais na Fuvest.
Além disso, eles também pedem melhorias nos alojamentos da universidade, segundo eles insuficientes para atender todos os alunos.
Os estudantes também são contrários à escolha do novo prefeito do Campus, Américo Sakamoto, pois, de acordo com eles, não foi eleito por alunos e funcionários da universidade, e sim, “apenas escolhido” pelo reitor Marco Antonio Zago, no último dia 2 de maio.
De acordo com eles, a retirada das funções do antigo prefeito, Osvaldo Luiz Bezzon, não foi feita de “maneira democrática”. Aderiram à paralisação estudantes das faculdades de Direito, da Faculdade de Filosofias, Ciências e Letras (FFCLRP) e Medicina.
O Campus da USP de Ribeirão Preto é um dos quatro que passam pela greve dos funcionários desde o dia 12 de maio – os outros são do Butantã, em São Paulo, de São Carlos, e Bauru. Eles pedem reajuste salarial de 12,4%, a proposta da reitoria é de 3%. Além disso, alguns professores também aderiram a paralisação.
Em nota, a universidade informou que a negociação salarial, que propôs reajuste de 3% aos servidores, está em discussão entre o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas e o Fórum das Seis, entidades de classe dos servidores técnico-administrativos e docentes das universidades e do Centro Paula Souza.
Os estudantes afirmam que a principal pauta da paralisação, que deve voltar a acontecer no dia 30 de maio, é a adoção de cotas raciais pela Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), e também o aumento da representatividade feminina nos conselhos que regem a universidade, além de melhorias nos alojamentos da universidade, que segundo eles “não estão suportando a demanda”.
Foto: Arquivo Pessoal