Alunos da USP-RP e IFSP-Sertãozinho paralisam por melhorias
Alunos da USP-RP e IFSP-Sertãozinho paralisam por melhorias

Alunos da USP-RP e IFSP-Sertãozinho paralisam por melhorias

Estudantes da USP pedem aplicação de cotas raciais e sociais na universidade; já no Ifsp, o problema são os cortes no orçamento

Estudantes do Campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) realizam mais uma paralisação nesta quarta-feira, 1º de junho, cobrando cotas raciais e sociais de acesso à universidade, fim das terceirizações e maior representatividade feminina nas decisões.

Essa é a segunda paralisação dos alunos da USP em dez dias. A principal reinvindicação dos estudantes é a que se refere a cotas raciais e sociais, que na paralisação de semana passada, recebeu, inclusive, uma proposta dos próprios estudantes.

Para eles, a USP, nos próximos processos seletivos, precisa reservar 55% das vagas, a ser 25% destinadas para negros e pessoas de origem indígena, 25% para pessoas egressas de escolas públicas e 5% para pessoas com algum tipo de deficiência.

A alegação deles para a proposta é reformular o projeto de lei 530/04, que desde 2005 tramita em comissões de estudo na Assembleia Legislativa (Alesp) que obriga as universidades públicas do Estado de São Paulo a destinar 50% das vagas para alunos oriundos da rede pública de ensino, a afrodescendentes e a indígenas, desde que esses alunos passem por cursos de equiparação.

“Essa proposta defende entre outras coisas, aulas preparatórias de fortalecimento pedagógico e acadêmico para os alunos cotistas aprovados, de duração de dois anos, antes do início curso universitário. Este texto foi apontado por militantes do movimento negro, como discriminatório”, apontam os alunos em documento enviado à reitoria da universidade.

Além disso, os alunos também pedem melhorias nos alojamentos do campus e outras formas de manter os estudantes de baixa renda em condições de estudarem sem abandonos por motivos financeiros, como aumento de bolsas auxílio, melhoria na segurança do campus e a manutenção da Creche Carochinha.

Na proposta, também foi pedida a criação de uma secretaria dentro do campus de Ribeirão Preto para o atendimento de alunas que sofreram algum tipo de abuso ou assédio sexual, ou alguma forma de violência, e que esta secretaria seria composta apenas por mulheres, a serem alunas, funcionárias ou professoras.

Paralisação em Sertãozinho

Em Sertãozinho também tem paralisação de estudantes, só que no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifsp). Por lá, os estudantes paralisam nesta quinta-feira, 2, e sexta-feira, 3, em razão ao corte de 20% do orçamento do instituto.

No Campus do Ifsp, os alunos promoverão palestras, debates e eventos culturais para a comunidade estudantil e vizinhos da instituição neste período, e também será realizada uma passeata pela cidade para que a população saiba das dificuldades encontradas pelo instituto.


Foto: Arquivo Pessoal

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