Arquidiocese de Ribeirão Preto lança a Campanha da Fraternidade 2022

Arquidiocese de Ribeirão Preto lança a Campanha da Fraternidade 2022

Campanha deste ano terá como tema: “Fraternidade e Educação: ‘Fala com sabedoria, ensina com amor ‘”

Pela terceira vez, a igreja no Brasil coloca a educação em pauta diante da campanha de fraternidade. Apresentada na manhã desta Quarta-feira de Cinzas em uma coletiva de imprensa no Salão Dom Pedro de Ribeirão Preto pelo arcebispo metropolitano, Dom Moacir Silva; o coordenador da Equipe de Campanhas, padre André Luiz Massaro, e o integrante da Equipe de Campanhas, Diácono Francisco Alves Ferreira Neto a campanha da Fraternidade de 2022 tem como tema “Fraternidade e Educação: ‘Fala com sabedoria, ensina com amor’”.

Segundo o arcebispo, a ação se debruça novamente sobre essa temática que abrange diversos lemas. “A primeira vez aconteceu em 1982, no tempo do governo de regime militar - 'Fraternidade e Educação: ‘A verdade vos libertará’'. Depois, em 1998, a campanha voltou a refletir sobre a temática da educação - 'Fraternidade e Educação: ‘A serviço da vida e da esperança’'. No meio disso tudo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se debruçou, uma outra vez, sobre a temática da educação - 'Fraternidade e Educação: ‘Fala com sabedoria e ensina com amor’'”, informa

Para orientar sobre a campanha, foi desenvolvido um texto base com temas que não só abordam um dado da realidade brasileira, como também um lema fundamentado na palavra de Deus. Este texto foi dividido em três partes: “Escutar, discernir e agir” – verbos utilizados pelo Papa Francisco. “Com essa temática, a igreja do Brasil nos convida a refletir sobre a indispensável relação entre fraternidade e educação. O grande objetivo é despertar a solidariedade dos fieis em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, mostrando um caminho e solução a luz do evangelho”, conta.

De acordo com o padre Massaro, todos da Arquidiocese de Ribeirão estão muito empenhados em espalhar a Pastoral da Educação, que é de nível Nacional e, aos poucos, já está chegando às Paróquias.

"Ela tem toda uma estruturação e onde já está acontecendo, tem feito um bem enorme aos professores, a todo corpo discente, aos estudantes. Portanto, nós vamos investir para que a Pastoral da Educação se espalhe. Não é levar religião para as escolas, não é fazer proselitismo de trazer pessoas para a igreja católica, mas a igreja católica tem muita experiência em educação. Então, nós queremos colaborar, somar forças, iluminar e ajudar nesse trabalho de humanismo integral, levar as crianças, os jovens, todas as pessoas a terem mais qualidade de vida a partir da educação”, explica.

Dom Moacir

Texto base

Ainda de acordo com o arcebispo, a realidade da educação exige profunda conversão de todos e, por isso, a temática refletida e vivida ao longo da Quaresma – tempo que convida a conversão – é um caminho para a mudança pessoal e comunitária. “A realidade da educação no Brasil, nos convida, nos interpela e exige uma profunda conversão de todos. Refletir e atuar a favor da educação é uma forma de viver a penitência quaresmal. Não podemos esquecer que educação é um indispensável serviço à vida, já que em 98 o tema se referia a educação como serviço a vida e esperança”, afirma.

Dentre as partes do texto base da campanha, Dom Moacir diz que o ato de escutar é fundamental, é mais do que ouvir, é uma condição para as relações, para a compreensão do que se passa, para o diagnóstico dos caminhos que devem ser tomados, é uma condição para falar com sabedoria e amor.

“Escutar o outro, como Jesus nos demonstrou em toda sua pedagogia, é o ponto de partida para acolher, compreender, problematizar e transformar a realidade”. Nesse sentido, a orientação aborda a pandemia da Covid-19, entre outros temas, e enfatiza a importância da formação humana e o papel da educação. “Ele reflete sobre a educação formal do Brasil, que é um projeto inconcluso. O exercício da escuta conduz a necessária tomada de posição da parte de quem escutou”. Além disso, “entre a escuta e a ação, urge a prática do discernimento”, afirma o arcebispo.

De acordo como ele, o discernimento vem a partir de outra escuta: A palavra de Deus. Para ele, esse é um passo fundamental para julgar, avaliar evangelicamente os desafios do tempo presente e apontar proposições para o novo. Assim, a ação aponta para um projeto de vida como fonte de uma nova sociedade.

A educação na visão da luz do Evangelho visa compreender as pessoas de forma integral para evitar imagens distorcidas da pessoa humana. “Então, a partir do Evangelho, do ensinamento da igreja, olhamos para a pessoa de forma integral, com todas as suas dimensões. A campanha deste ano quer ajudar os fiéis a refletir sobre esse dado importante, por isso falamos desse humanismo integral”, pontua.
 

 


Foto: Divulgação

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