Assistência Social amplia atendimento do ciclo de vida no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

Assistência Social amplia atendimento do ciclo de vida no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

Projeto piloto em parceria com a Unaerp começou a atender crianças de 3 a 6 anos em pelo menos dois equipamentos da Semas

A Secretaria de Assistência Social ampliou o ciclo de vida de atendimento para 3 a 6 anos, através do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, em parceria com a Universidade de Ribeirão Preto – Unaerp.

O projeto piloto está sendo realizado uma vez por semana no SCFV Maria Nilde e no CRAS 7. A principal diferença do que já era ofertado nos equipamentos da Semas é que, para esta faixa etária, é indispensável o acompanhamento do cuidador, já que o principal foco deste serviço é o fortalecimento do vínculo entre a criança e a pessoa responsável pelos cuidados dela, que nem sempre é a própria mãe.

Marília Borges Diogo, assistente social e técnica de referência do SCFV Maria Nilde, relata que neste primeiro grupo existem avós, bisavós e até um tio, além da figura materna e conta já avanços no atendimento. “Nós percebemos a mudança de comportamento na crianças que no primeiro encontro ficou o tempo todo chorosa, mesmo estando com a mãe e que agora já brinca e interage com demais crianças, inclusive longe da mãe. Esse comportamento trouxe um alívio para a mãe que se sentia sobrecarregada com este comportamento do filho”.

O SCFV é um serviço da Proteção Social Básica do SUAS que é ofertado de forma complementar ao trabalho social com famílias, realizado por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF) e do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI).

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) realiza atendimentos em grupo. São atividades artísticas, culturais, de lazer e esportivas, dentre outras, de acordo com a idade dos usuários.

É uma forma de intervenção social planejada que cria situações desafiadoras, estimula e orienta os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais, coletivas e familiares.

Podem participar crianças, jovens e adultos; pessoas com deficiência; pessoas que sofreram violência, vítimas de trabalho infantil, jovens e crianças fora da escola, jovens que cumprem medidas socioeducativas, idosos sem amparo da família e da comunidade ou sem acesso a serviços sociais, além de outras pessoas inseridas no Cadastro Único.

O serviço tem como objetivo fortalecer as relações familiares e comunitárias, além de promover a integração e a troca de experiências entre os participantes, valorizando o sentido de vida coletiva. O SCFV possui um caráter preventivo, pautado na defesa e afirmação de direitos e no desenvolvimento de capacidades dos usuários.

A assistente social fala ainda da importância deste atendimento. “O vínculo do cuidador e da criança precisa ser olhado e quando trabalhamos juntos, principalmente neste período pós-pandemia, porque temos uma série de crianças que nasceram neste tempo e não tiveram o convívio social. Além de prevenir a violação dos direitos, já que o processo ensina o cuidado e a importância desse cuidar, levando outras pessoas a se sentirem pertencentes deste processo, fortalecendo a não violação do direito”.

Segundo a secretária de Assistência Social, Renata Corrêa, o objetivo agora é estender o atendimento a esta faixa etária aos demais SCFV e ampliar completamente de zero a 60 anos ou mais o ciclo de vida de atendimento nos equipamentos. “É uma satisfação ouvir relatos de sucesso desta primeira turma porquê de certa forma ela norteará nossos próximos passos. Acredito que até o segundo semestre já tenhamos estendido este atendimento de 3 a 6 anos para os demais SCFV, além de estruturar enquanto isso a ampliação para o atendimento completo do ciclo de vida de zero a 60 mais em nossos equipamentos”.

Para participar do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, o cidadão deve procurar o Centro de Referência da Assistência Social – CRAS de referência (listagem disponível aqui).


Foto: Divulgação

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