Campos Elíseos e Ipiranga são os bairros que mais precisam de manutenção em Ribeirão
Ao todo, 62 pessoas são responsáveis pela manutenção do município

Campos Elíseos e Ipiranga são os bairros que mais precisam de manutenção em Ribeirão

Os dados divulgados pela Secretaria de Infraestrutura se referem à limpeza de boca de lobo e à operação tapa buraco

Os bairros Campos Elíseos e Ipiranga, na Zona Norte de Ribeirão Preto, são as localidades que mais precisam de manutenção da prefeitura. Os dados divulgados pela Secretaria de Infraestrutura são referentes a limpezas de boca de lobo e operação tapa buraco.

Sozinho, o bairro Campos Elíseos teve 1.137 operações realizadas pela secretaria, enquanto o Ipiranga teve 687 reparos. O tamanho dos bairros pode ser a resposta da quantidade de problemas, mas os registros da prefeitura apontam que ambos também foram os que possuíram mais denúncias registradas no sistema municipal.

Em toda a cidade, 62 pessoas são responsáveis pela manutenção do município, sendo divididas em cinco equipes. O secretário municipal de Infraestrutura, Pedro Luiz Pegoraro, informou à equipe de reportagem o número de registros realizados por denúncias no sistema da secretaria.

No ano de 2017, os bairros Parque Ribeirão Preto, Ipiranga, Vila Virgínia e Campos Elíseos tiveram 163, 113, 79 e 68 bocas de lobo limpas, respectivamente.  No mesmo ano, os bairros com maior quantidade de buracos tapados foram os Campos Elíseos, Ipiranga, Alto da Boa Vista e Simioni, sendo 2.008 trabalhos realizados nas quatro áreas.

O engenheiro civil Anderson Manzoli explica que, mesmo com os reparos, os problemas podem continuar, principalmente no asfalto, pois, segundo ele, a operação tapa buracos é feita de maneira incorreta.

“Vemos hoje que a equipe simplesmente chega com a massa asfáltica sem controle de temperatura e sem nenhum estudo de demanda de solicitação. Eles simplesmente jogam a massa dentro do buraco e dão uma compactada por cima, mas essa solução é para urgência, não aguenta mais que poucos meses. É dinheiro jogado fora”, critica.

De acordo com Manzoli, a engenharia possui soluções imediatistas, de médio prazo e longo prazo. “Quando você apenas faz o tapa buraco da maneira que tem sido feito, é a solução imediatista que de modo geral dura até a próxima chuva. Seria para casos de urgência, mas para que depois a equipe retornasse e fizesse o trabalho direito”, diz.

Manzoli explica situações que poderia melhorar os problemas de Ribeirão Preto

Solução correta

Para Manzoli, a solução seria integralizar todas as secretarias, pois é preciso haver um contato entre as partes e, assim, fazer um mapeamento do que a cidade possui em infraestrutura. “O correto seria fazer um levantamento e cadastrar tudo o que existe. Tudo tem de estar em um banco de dados. A partir daí, tem de começar a fazer os estudos de demanda veicular em cada trecho, além da área geográfica. Só assim conseguimos saber o tipo de asfalto que será realizado e tempo de reforma, pois existem vários tipos de pavimentação e não apenas um, como é o feito na operação tapa buraco”, finaliza.


Fotos: Julio Sian e acervo revide

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