Caso Nicole: Pablo Russel está em liberdade
Caso Nicole: Pablo Russel está em liberdade

Caso Nicole: Pablo Russel está em liberdade

Empresário foi acusado de homicídio triplamente qualificado no último dia 29; Defesa recorreu à sentença

Nesta quarta-feira, 6, a Justiça concedeu liberdade ao empresário Pablo Russel Rocha, que foi condenado no último dia 29, pela morte da garota de programa Selma Heloísa Artigas da Silva, conhecida como Nicole. Uma liminar concedida pela Justiça garantiu a liberdade de Pablo.

De acordo com o advogado do caso, Sergei Cobra Arbex, Pablo ficará solto até que o recurso interposto pela defesa seja julgado. Ele diz ainda que logo após a condenação de seu cliente, recorreu à Justiça pela liberdade do empresário.
"Pablo será solto ainda hoje e irá aguardar a sentença em liberdade", afirma. 

Entenda o caso

O caso aconteceu quando Nicole, à época com 21 anos, pegou uma carona com o empresário Pablo Russel Rocha, na época com 22 anos e foi arrastada por mais de dois quilômetros até a Avenida Caramuru, em Ribeirão Preto.

A garota teria sido arrastada pela Avenida Celso Charuri e pela Avenida Maurílio Biagi. Em seguida, Rocha teria feito o retorno e acessado o Anel Viário Sul, até parar na Avenida Caramuru.

Em sua defesa, Rocha confirmou que deu carona à garota de programa, porém informou que teria deixado Nicole em uma chácara no Recreio das Acácias, assim acessou o Anel Viário e, em seguida, as avenidas Adelmo Perdizza e Caramuru, quando Nicole pediu que parasse em um local conhecido por ser ponto de tráfico de drogas.

Ele disse ainda que recusou o pedido da jovem, e os dois começaram a discutir.  Nesse momento, Nicole teria descido da caminhonete e o empresário arrancou com o veículo. Ainda de acordo com Rocha, como o som estava alto, ele não percebeu que a jovem havia ficado presa ao cinto e só notou quando parou o carro para trocar um pneu furado.  Segundo seus relatos, ele desamarrou o braço da jovem e foi para casa.

Já para o Ministério Público, Nicole ficou enroscada ao cinto de segurança da caminhonete de Rocha quando tentou deixar o veiculo após uma discussão entre os dois, o que causou a morte da jovem de 21 anos. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), a garota estava grávida.

Júri

Por recursos ajuizados pela defesa de Pablo, por três vezes, o julgamento do caso teve início às 10h15 da última quarta-feira, 29, com término às 22h. 

O primeiro júri ocorreu em maio de 2012, quando o advogado do empresário, Sergei Cobra Arbex, alegou que o juiz negou a utilização de novas provas. Remarcado para agosto do mesmo ano, o julgamento foi suspenso depois que o ministro Celso de Mello aprovou um habeas corpus derrubado há três anos depois.

Já, em junho de 2015, o Supremo Tribunal Federal negou um segundo recurso e informou que o júri popular seria remarcado.

Prisão

Na época do crime, o empresário ficou preso por dois anos e meio, na antiga Cadeia Pública de Vila Branca, hoje Cadeia Feminina de Ribeirão Preto. Após 18 anos do acontecido, na quinta-feira, 30, ele foi encaminhado para a cadeia de Santa Rosa de Viterbo (SP), em seguida para um centro de detenção. 


Foto: Pedro Gomes

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