Cavalos da Apae de Batatais utilizados em equoterapia são furtados
O crime ocorreu na véspera de Natal, 24, na unidade agrícola da Apae de Batatais; mais de 30 pacientes terão tratamento prejudicado
Dois cavalos utilizados em tratamentos da Associação dos Pais e Amigos dos Excepecionais (Apae) foram furtados na madrugada do último sábado, 24, na Apae Rural de Batatais, localizada na Rodovia Cândido Portinari Km 349. A unidade atende gratuitamente mais de 30 pacientes de equoterapia (método terapêutico de tratamento físico e psicológico feito com cavalos), vindos de diversas cidades da região.
De acordo com a coordenadora de eventos da instituição, Cristina Brandão, a ausência dos cavalos – Pingo, o de cor branca e Mansinho, o marrom – foi notada pelo caseiro na manhã do dia 24, véspera de Natal. “Eles [os cavalos] são animais bastante dóceis. Os ladrões entraram na unidade já sabendo disso, e por isso se aproveitaram dessa condição para furtá-los”, disse.
A Apae Rural de Batatais dependia estritamente dos dois animais para o tratamento dos portadores de deficiência. “Os cavalos utilizados na equoterapia precisam de treinamentos específicos e características diferenciadas. Não conseguiremos localizar outros animais com esses requisitos tão cedo”, explica Cristina. Ela ainda ressalta que “a equoterapia é muito importante no desenvolvimento do comportamento e da coordenação motora dos alunos”.
Pela 3ª vez
Não é a primeira vez que a unidade agrícola da Apae Batatais tem seus cavalos furtados. Nos últimos cinco anos é a terceira vez que isso ocorre. A associação também já teve um animal levado em dezembro de 2011 e outro em março de 2012, inclusive um dos cavalos furtados recentemente havia sido doado em substituição àquele levado em 2012.
Até o momento ninguém manifestou interesse em ajudar doando novos cavalos. Segundo Cristina, para prevenir que mais crimes voltem a acontecer, a Apae estuda a possibilidade de investimentos para reforçar a segurança no local.
Um boletim de ocorrência foi aberto nesta terça-feira, 27, pela entidade, que passou a divulgar o furto para tentar localizar os animais.
Foto: Divulgação