Cetesb multa empresa em R$ 16,75 milhões por explosão em Sertãozinho

Cetesb multa empresa em R$ 16,75 milhões por explosão em Sertãozinho

Empresa afirma que até as 12h desta terça-feira, 22, ainda não havia sido notificada de qualquer autuação ou multa

*Notícia atualizada às 11h desta quarta-feira, 23 de outubro 


Dez dias após a explosão na Innove Química, em Sertãozinho, na Região Metropolitana de Ribeirão Preto, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou a aplicação de uma multa de R$ 16,75 milhões por danos ambientais, agravados pela existência de vítimas e pelos impactos à comunidade. No entanto, a empresa afirmou que até as 12h da terça-feira, 22, ainda não havia sido notificada de qualquer autuação ou multa por parte da Cetesb.
 

A notificação foi recebida nesta quarta-feira, 23, por volta das 9h. Em nota, a empresa informou que está analisando os apontamentos feitos e o conteúdo dos documentos para apresentar sua manifestação junto ao órgão.
 

A companhia já havia informado que aplicaria uma multa após verificar que a unidade onde ocorreu a explosão operava sem autorização para manter um depósito de materiais químicos. No entanto, a sede da empresa, de acordo com a Cetesb, está com a documentação em ordem.




Limpeza do local e vítimas 


Por meio de nota, a Innove Química também destacou que todas as providências necessárias para a limpeza do local, das ruas ao entorno e dos terrenos foram tomadas, incluindo a neutralização de odores e o tratamento de resíduos. As áreas afetadas já foram liberadas.

Oito imóveis foram impactados pela explosão. Dois já foram liberados no dia 18 de outubro, após os reparos e a devida limpeza. Os demais, já periciados, devem ser reformados ou reconstruídos em até 120 dias, quando serão devolvidos aos proprietários. "A empresa está fornecendo total suporte às famílias atingidas, cobrindo integralmente despesas com hospedagem, transporte, alimentação, lavanderia e outras necessidades", diz a nota. 
 

Quanto às vítimas, a empresa afirmou que está oferecendo apoio contínuo às suas famílias, incluindo assistência psicológica através de um profissional particular contratado.

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Explosão

O incidente, que deixou três mortos, ocorreu durante o transbordo de carga de um caminhão de fornecedores. Duas das vítimas eram terceirizadas e atuavam como "chapas" - trabalhadores temporários contratados para descarregar cargas-, e a terceira era um funcionário direto da Innove, que operava uma empilhadeira no momento da explosão. Ele faleceu no dia 20 de outubro, no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.

As causas da explosão ainda não foram esclarecidas e estão sendo investigadas pela Polícia Civil, com apoio da Polícia Científica. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso está sob a responsabilidade da Delegacia de Sertãozinho.

 


Foto: Reprodução Redes Sociais

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