A cidade e o lixo

A cidade e o lixo

Conheça quais são os serviços que a Prefeitura de Ribeirão Preto disponibiliza, através da Coordenadoria de Limpeza Urbana, para manter a cidade limpa

Responsável pela execução dos contratos para a conservação das áreas públicas, a Coordenadoria de Limpeza Urbana (CLU) de Ribeirão Preto desenvolve serviços que se dividem em três grupos: Limpeza Pública, Resíduos Verdes e Parques e Praças. Nessas categorias, estão ações como coleta de galhos, roçada em áreas públicas e avenidas, limpeza em feiras livres, capina e raspagem em meio fio, varrição e recolhimento, pintura de guias, coleta seletiva, coleta de inservíveis (conhecida como Cata Trecos), limpeza e manutenção de parques, entre outros. Também é de responsabilidade da Coordenadoria de Limpeza Urbana, a supervisão da coleta, a destinação e o tratamento de resíduos advindos do lixo doméstico, comercial, saúde e coleta seletiva. 

Hoje, a CLU concentra toda a parte operacional dos serviços de limpeza em um único local. A ideia desse agrupamento é alavancar a eficiência e a qualidade dos serviços e adaptá-los à nova realidade do município, aperfeiçoando a frota, a mão de obra e os serviços terceirizados, e, inclusive, ampliando a área de atuação, que hoje chega a 70% da cidade. No total, a Coordenadoria tem um orçamento de R$ 98 milhões anuais e os serviços são executados, em sua maioria, por duas empresas privadas: Estre SPI Ambiental e SBR Soluções em Beneficiamento de Resíduos e Comércio, além da NGA Ribeirão Preto (Núcleo de Gerenciamento Ambiental), da Carvalho Multisserviços EIRELLI, entre outras.

Segundo o coordenador de Limpeza Urbana, Marcelo Reis, a atenção maior, hoje, está voltada ao lixo domiciliar, hospitalar e reciclagem. Mesmo assim, o coordenador avalia que os serviços funcionam bem. A coleta de lixo domiciliar foi reconhecida, pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (ACI-RP), como segundo serviço de maior confiabilidade desenvolvido pela Prefeitura de Ribeirão Preto, entre todos os serviços públicos prestados. “Nós temos um índice de reclamação muito baixo e isso é um reflexo bastante positivo dos serviços que estamos proporcionando à população”, reforça Marcelo.

Outro ponto de atenção — que está colocado como principal desafio para a CLU — é a coleta de inservíveis, cujo recolhimento é realizado através de agendamento, mas que ainda apresenta muitos casos de descarte irregular. Esse serviço é feito através de solicitação pelo telefone 156 com o cadastramento do pedido junto à Coordenadoria. O atendimento é feito por região e são recolhidos colchões, móveis, eletrodomésticos, camas, sofás, entre outros, totalizando em torno de quatro toneladas por dia. 

O segundo desafio, segundo Marcelo, está relacionado à geração de resíduos verdes por práticas indiscriminadas e, muitas vezes, com descarte em vias públicas. “Ribeirão Preto tem uma legislação que regulamenta isso, mas não tem punição para quem a descumpre”, explica o coordenador, atentando a população que há mecanismos para realizar o descarte de forma legal, sem atingir o meio ambiente, e advertindo que as práticas irregulares, além dos transtornos causados, também gera sobrecarga na Prefeitura. 

Marcelo enumera como terceiro desafio algo que não está relacionado diretamente à Limpeza Urbana, mas pelo qual a coordenadoria acaba sendo acionada: a depredação do patrimônio público nas praças. Por conta dessas ações, a limpeza e a manutenção das praças ficam mais difíceis. Rotineiramente, a Divisão de Praças e Parques, vinculada à CLU, promove o corte de gramados de praças urbanizadas, coleta de resíduos decorrentes desse corte, poda e extração de árvores (realizadas após emissão de laudo de autorização emitido pela Secretaria do Meio Ambiente), e limpeza e manutenção dos parques. 

Para a população, o recolhimento do lixo domiciliar está entre os serviços essenciais. Diariamente, são recolhidas 800 toneladas na cidade, com cronograma alternado em terças-feiras, quintas-feiras e sábados em um setor e às segundas, quartas e sextas-feiras em outro. O lixo é levado para o Aterro Municipal de Ribeirão Preto e transportado para o Centro de Gerenciamento de Recursos (CGR) de Guatapará. A coleta seletiva complementa esse serviço. Em Ribeirão Preto, o recolhimento ocorre pelo sistema “porta a porta”, em 27 bairros da cidade, além dos Ecopontos instalados em supermercados. Há, ainda, o recolhimento em condomínios, repartições públicas e privadas, realizado pela Cooperativa Mãos Dadas, que mantém parceria com a Prefeitura, responsável por destinar o material reciclável para triagem, armazenamento e venda. O lucro reverte em benefício dos cooperados. 

Projetos

A Coordenadoria de Limpeza Urbana está com alguns projetos em andamento para intensificar os serviços de conservação das áreas públicas. Um deles é o Ecoponto Popular, que já está nas mãos da prefeita Dárcy Vera para o levantamento de recursos da iniciativa privada, a fim de que seja viabilizado. A proposta é criar, até o fim do ano, dois espaços de 1.000 m² para entrega voluntária de pequenos volumes de entulho, grandes objetos e resíduos recicláveis. A população poderá dispor o material em caçambas distintas para cada tipo de resíduo.

Outro projeto, já colocado em prática, é a Caçamba Social. Lançado no dia 5 de abril, ele tem como o objetivo minimizar o descarte irregular de lixo e recuperar áreas carentes dentro do perímetro urbano. Marcelo explica que o projeto tem caráter social e atenderá pessoas de baixa renda, que não possuem condições de contratar os serviços particulares. Em um único ponto estão sendo instaladas de quatro a seis caçambas, identificadas por cores e destinadas para o descarte de materiais recicláveis, madeiras, resíduos da construção civil, entre outros. 

Uma vez por semana as caçambas são trocadas. Cada uma tem cinco metros cúbicos de capacidade para armazenar o entulho. A princípio, o projeto começa pelo Jardim Branca Salles, um dos bairros que enfrentam problemas com o descarte irregular de lixo e de entulho. Pelo menos a cada três semanas são retirados o equivalente a mais de 30 caminhões de lixo em vias e áreas públicas do bairro. A intenção da Coordenadoria é ampliar a iniciativa para outras regiões, como a Avenida Virgílio Soeira, no Planalto Verde, e a Avenida Nadir de Aguiar, no Jardim Jamil Seme Cury, também até o fim deste ano.

Ainda na linha de campanhas educativas e sociais, a CLU pretende implantar o projeto Ecopraças, bastante semelhante à Caçamba Popular: três caçambas, identificadas por cores e destinadas para o descarte de materiais recicláveis, madeiras, resíduos da construção civil, entre outros, serão instaladas em praças que têm incidência de descarte irregular. A ideia, segundo o coordenador, é implantar cinco Ecopraças até o fim do ano e que elas estejam próximas a escolas para que a educação ambiental também possa ser trabalhada com os alunos.

Também estão em pauta a Usina de Reciclagem da Construção Civil, um espaço de 30 mil m² para fazer o tratamento dos resíduos desse tipo de material, e a Usina de Tratamento de Resíduos Verdes, que já está em atividade, de forma experimental, mas que a CLU está em busca de uma área mais adequada para abrigar esse tipo de serviço. “Nossa proposta é modernizar o sistema de trabalho da Coordenadoria porque há serviços realizados na cidade de forma muito antiga. Tarefas que eram feitas manualmente por 20 ou 30 homens, no passado, foram substituídas por maquinários modernos, que, além de mais eficientes, representam menos risco a quem manuseia os resíduos”, finaliza Marcelo. 

Serviços realizados pela Coordenadoria de Limpeza Urbana

Limpeza pública
• Limpeza em feiras livres
• Roçada em avenidas
• Varrição
• Capina e raspagem em meio fio, varrição e recolhimento
• Pintura de guias
• Coleta seletiva
• Coleta de inservíveis
(Cata Trecos)
• Recolhimento de entulho

Resíduos verdes
• Coleta de galhos
• Roçada em áreas públicas

Praças e parques
• Limpeza e manutenção
de parques
• Roçada e manutenção
em praças
• Coleta de resíduos verdes
em praças
• Poda 
• Extração

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