Com estudo sobre a evolução das tartarugas, pesquisador da USP Ribeirão ganha prêmio na Alemanha
Reconstituição do cérebro e ouvido interno (canto direito), ossos do crânio (centro) e cabeça em vida (canto esquerdo)

Com estudo sobre a evolução das tartarugas, pesquisador da USP Ribeirão ganha prêmio na Alemanha

Gabriel de Souza Ferreira e outros cientistas trabalharam na reconstrução do sistema crânio cervical do animal mais antigo com casco completo da espécie

O pesquisador Gabriel de Souza Ferreira, do Laboratório de Paleontologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), da USP, ganhou o prêmio Bernhard Rensch como a melhor tese de 2019 com o estudo Padrões e evolução da morfologia no crânio de tartarugas: contribuições da paleontologia digital, neuroanatomia e biomecânica”. A premiação ocorreu no encontro anual da Sociedade de Sistemática Biológica da Alemanha.

Ferreira, juntamente com cientistas alemães e do Reino Unido, ajudou a reconstruir em 3D o sistema crânio cervical – cabeça e pescoço – da mais antiga tartaruga com casco completo encontrada na Alemanha, a Proganochelys quenstedti. 

Segundo o pesquisador da USP Ribeirão Preto, mesmo que dos resultados não surja “um medicamento novo, ou a cura de uma doença”, eles são importantes para que a humanidade se aproxime um pouco mais dos mistérios sobre a evolução. 

“Falar de paleontologia é uma forma de fazer as pessoas se interessarem pela ciência em geral e ao se interessar pela ciência elas entendem que pensamento crítico é uma coisa importante para a nossa convivência em sociedade”, afirma Ferreira.
 Ingmar Werneburg, coorientador do estudo na Alemanha, e Gabriel de Souza Ferreira
A pesquisa, é um trabalho de dupla-titulação em doutorado realizado por Ferreira no Brasil, sob orientação do professor Max Cardoso Langer do Departamento de Biologia da FFCLRP, e na Alemanha com co-orientação de Ingmar Werneburg, do Instituto Senckenberg da Universidade de Tübingen.

*Com informações da reportagem de Tainá Lourenço do Jornal USP.


Foto: Stephan Lautenschlager e Arquivo Pessoal (cedida ao Jornal USP)

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