CPI da Eutanásia: veterinário afirma que motorista da clínica realizou procedimento em animal
Segundo o responsável pela clínica, a eutanásia teria sido aprovada pela chefe da Coordenadoria de Bem-Estar Animal

CPI da Eutanásia: veterinário afirma que motorista da clínica realizou procedimento em animal

A Comissão Parlamentar de Inquérito ouviu o proprietário da clínica veterinária contratada pela Prefeitura de Ribeirão Preto nesta terça-feira, 11

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto, que investiga casos de eutanásia praticados pela Coordenadoria de Bem-Estar Animal, (CBEA ) ouviu nesta terça-feira, 11, o veterinário Ricardo de Almeida Souza, proprietário da Clínica Veterinária Ricardo, empresa contratada pela prefeitura para recolher animais de grande porte soltos em vias públicas.

Na CPI, composta pelos vereadores Marcos Papa (Rede), Jean Corauci (PDT), Adauto Marmita (PR) e Paulo Modas (PROS), Souza frisou o que já havia sido admitido em reuniões anteriores, que um motorista da clínica havia realizado a eutanásia em um cavalo, sem a ajuda ou supervisão de um veterinário, no bairro Branca Salles, há três semanas. O animal estava em estado grave em via pública. A prefeitura acusa a clínica pela demora no atendimento, mas o proprietário rebate as acusações. 

Na CPI da Eutanásia, durante oitiva na semana passada, o motorista Gilson Aparecido Alves de Campos admitiu não ter feito treinamento para a realização deste trabalho. Campos afirmou, ainda, ter sacrificado o cavalo por ordem de Carolina Vilela, responsável pela CBEA, e da protetora Janaina Gimenez, que acionou a Coordenadoria para o caso.

Já Carolina, em depoimento à CPI, também na última semana, enfatizou que a Clínica Veterinária Ricardo está descumprindo cláusulas contratuais, como a realização de exames, carteira de vacinação e emissão de laudos de eutanásia. Antes de ser convocada a prestar esclarecimentos à Comissão, Carolina havia cobrado a empresa apenas verbalmente.

Com a convocação, ela formalizou junto ao Conselho Regional de Medicina Veterinária a cobrança da empresa pelo cumprimento do contrato. A coordenadora disse ter apenas “apoiado” a eutanásia e não determinado, como alegou o motorista.

Por fim, Carolina admitiu que nunca fiscalizou o cumprimento do contrato em diligências para eutanásia ou recolhimento de animais. Entretanto, ela elogiou o local onde ficam os animais de grande porte após serem recolhidos pela terceirizada.


Foto: Allan S. Ribeiro

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