Daerp aponta diferença de 24% em contrato da Aegea
Daerp aponta diferença de 24% em contrato da Aegea

Daerp aponta diferença de 24% em contrato da Aegea

Autarquia enfrenta déficit orçamentário de R$ 83 milhões e abre sindicâncias para apurar contratos e funcionários

O Daerp analisa em duas sindicâncias os contratos da autarquia com a empresa Aegea e a adulteração de dados da companhia apontada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que são investigados pela Operação Sevandija .

A expectativa é que com as conclusões das análises dos contratos da autarquia, eles possam ser revistos e até mesmo quebrados para a realização de novas licitações. 

As sindicâncias foram protocoladas no Gaeco, na Polícia Federal, e na 4ª Vara Criminal e na 2ª Vara da Fazenda. De acordo com o superintendente da companhia, Tanielson Campos, a pasta sofre com déficit orçamentário de R$ 83 milhões. 

Para zerar este deficit, são analisados os contratos da autarquia com empresas prestadoras de serviços, principalmente do acordo com a Aegea. Segundo o superintendente, o objetivo é verificar a possibilidade do rompimento do acordo, de R$ 68 milhões, dos quais já foram pagos R$ 52,6 milhões. 

Tanielson aponta que as primeiras conclusões das sindicâncias foram diagnosticadas diferenças contratuais de 24% do valor licitado - aproximadamente R$ 16,8 milhões - sem contar aditivos e reajustes. 

"Nós temos um déficit muito grande e temos por obrigação corrigir essa projeção até o fim do ano. Deixamos claro que isso é orçamentário, e não financeiro, portanto, não estamos no negativo ainda",  salientou o superintendente na tarde desta segunda-feira, 10.

Para que ele entregue o Daerp sem dívidas para a próxima gestão municipal, Tanielson afirma que, com exceção dos serviços essenciais, como fornecimento de água e recolhimento de esgoto, todos os outros trabalhos oferecidos pela autarquia serão revistos.

Ele afirmou que, caso o contrato com a Aegea seja definitivamente rompido, a empresa terá de ressarcir o valor pago pelo Daerp, além de pagar uma multa de 20% por quebra de acordo. Também disse que já obteve a autorização do Ministério das Cidades, que, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), financiou R$ 4 milhões do valor que deveria ser pago para a empresa realizar obras de perfuração de poços, construção de reservatórios e adutoras, e que por isso, espera que haja uma nova licitação.


Foto: Leonardo Santos

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