
Mesa redonda traz debate sobre a revitalização do Centro de Ribeirão Preto
O intuito do programa é discutir melhorias e refletir sobre uma das regiões mais importantes da cidade
Na manhã desta terça-feira,11, ocorreu, no auditório da Biblioteca Sinhá Junqueira, a primeira mesa redonda do evento “Conversa no Centro”, promovido pelo grupo Thati de Comunicação, com o apoio da Prefeitura de Ribeirão Preto.
O tema que abriu o programa foi sobre a questão imobiliária do Centro do município. Com a migração dos negócios para outras regiões da cidade, a central passou a ser uma oportunidade para quem procura imóveis amplos, sólidos e com o metro quadrado mais acessível.
A base do debate foi a Lei do RetroFit, que é um programa de requalificação do Centro de São Paulo, sancionado em julho de 2021, que autorizou a prefeitura da capital a dar incentivos fiscais para construtoras interessadas em requalificar prédios antigos dessa região.
Assim como em São Paulo, Ribeirão Preto também pensa em uma revitalização em seu Centro. José Armênio de Brito Cruz, secretário-adjunto da Secretaria de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo, vê com muito otimismo essa iniciativa. “Ribeirão, como cidade média, está crescendo mais do que São Paulo, então o desafio de vocês é mais interessante e mais amplo”, comenta.
De acordo com Amauri Lépore, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano de Ribeirão Preto, para tratar do assunto, é importante entender que existem dois pontos a serem mencionados: o poder econômico e o urbanístico da cidade. "Seria interessante trazer o empreendedor para o centro, trazer as organizações para que possam produzir essa revitalização. Pegar um prédio histórico, e transformar ele em uma realidade hoje, mantendo sua tradição histórica, gerando empregos, moradias e renda para a cidade”, afirma.
Hoje, o Centro de Ribeirão abriga cerca de 21 mil pessoas, apenas 3% da população da cidade, que tem um pouco mais de 700 mil habitantes. Em 2010, o número de residentes do setor estava estimado em 19 mil. Para o secretário, o número é baixo, mas não quer dizer que a região esteja abandonada. “Atualmente, Ribeirão Preto é capital da cultura, capital do café, tem bares, comércios, então vamos trazer pessoas ao Centro para aproveitar tudo de bom que ele tem e preparar a cidade para o futuro”, completa Lépore.
O projeto de revitalização é visto com bons olhos, partindo do pressuposto que saia do papel e realmente mude o cenário do Centro da cidade. João Paulo Fortes Guimarães, sócio fundador da Fortes Guimarães, cobra dos interessados e do poder público que eles invistam na valorização do bairro e assim terão o retorno esperado. “Precisa trazer a população de volta para o Centro, trazer a segurança, tornar o negócio interessante para as pessoas investirem seu dinheiro no local", finaliza.