Delegados criticam projeto de previdência do governo do Estado de São Paulo
“Mais um duro golpe do governador contra os servidores”, destaca presidente do Sindpesp

Delegados criticam projeto de previdência do governo do Estado de São Paulo

Governo do Estado publicou reforma da previdência nesta quarta-feira, 13, no Diário Oficial

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) emitiu uma nota contrária ao projeto de reforma da Previdência Estadual publicado pelo governo nesta quarta-feira, 13, no Diário Oficial do Estado.

Entre os principais pontos, está o aumento de 11% para 14% no índice de contribuição dos servidores ativos e aposentados para a previdência. A mesma alíquota estipulada na reforma do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM) de Ribeirão Preto.

“O governo oferece 5% de "aumento" salarial em seguida eleva a alíquota de contribuição em 3%, o que resulta em  2% índice que não corrige nem mesmo a inflação do período. O salário dos delegados e demais policiais do Estado encolheu ainda mais”, critica Raquel Kobashi Gallinati, presidente do Sindpesp.

O sindicato já está em contato com deputados estaduais para que eles apresentem  emendas aos parágrafos do projeto que retiram direitos dos servidores. No texto apresentado à Assembleia Legislativa (Alesp), o Governo alega  que a proposta paulista segue os mesmos parâmetros da apresentada pelo Governo Federal e aprovada pela Câmara e pelo Senado.

“O governador não tem coragem de assumir suas ações e joga a responsabilidade sobre o Governo Federal. Mais uma vez, ele apresenta um projeto sem detalhar nada para os servidores sobre como o governo chegou a esses números. A falta de transparência é total”, completa Raquel.

Segundo o governador João Doria (PSDB), a medida deverá trazer uma economia de R$ 32 bilhões para o Estado nos próximos 10 anos.  Em 2018, dos R$ 34,3 bilhões gastos para pagar 550 mil aposentados e pensionistas estaduais, R$ 29,5 bilhões vieram de fontes do Governo (86% do total); e somente R$ 4,8 bilhões da contribuição dos servidores (14%). 

“São Paulo não fica parado no tempo, confia na continuidade do trabalho do legislativo e entendemos que ainda este ano tínhamos de ter a nossa reforma apresentada na Alesp e votada. A previsão do Governo do Estado de São Paulo é de uma economia de R$ 32 bilhões em 10 anos com a reforma da previdência”, comentou Doria.


Foto: Agência Sindical

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